Assaltos na zona rural

19/01/2018 às 05:26.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:51

Zé Rodrix compôs a música “Casa no Campo” que, dentre outras coisas, dizia: “Eu quero uma casa no campo, onde eu possa ficar no tamanho da paz. E tenha somente a certeza dos limites do corpo e nada mais”. Ledo engano! A violência na zona rural da cidade continua ganhando proporções absurdas e difíceis de enfrentar. Antigamente, os assaltos ocorriam em comunidades mais humildes, de pouca resistência. De algum tempo para cá, grupo de experientes bandidos armados surgem de forma violenta, agredindo caseiros, roubando pertences da sede e até mesmo veículos. A coisa tomou tal rumo que se tornou até difícil encontrar funcionários para garantir a segurança dos sítios e fazendas. “Antigamente a gente podia dormir com o portão aberto, casa aberta, pois a única coisa que atrapalhava eram os pernilongos. Agora, a violência cresceu aqui também e está piorando a cada dia que passa”, afirmou um caseiro, vítima de violento assalto recentemente. Nem mesmo um sistema de monitoramento tem resolvido o impasse. Hoje não se tem liberdade para morar tranquilo. Isso ocorre de forma sistemática e está cada vez pior. Na realidade, donos de terras vêm sendo expulsos das suas propriedades por conta do aumento de crimes no campo. Uma reunião de representantes da classe deve ser realizada urgentemente tentando, se não resolver por completo o problema, pelo menos minimizá-lo. Da forma como está, não pode e não deve continuar!

Etiqueta
Numa reunião tipo “em pé”, em coquetéis, mantenha o copo ou taça na mão esquerda, para não oferecer a mão gelada e úmida na hora de cumprimentar um (a) conhecido (a).

Aprendendo
Qual o significado da expressão “lágrimas de crocodilo”? Ela nasceu no Egito. Os répteis que viviam às margens do Nilo eram sabidos pra chuchu. Fingiam chorar. Pareciam viúvas enlutadas. As pessoas morriam de pena dos coitadinhos. Aproximavam-se. Não dava outra! Paravam na bocarra dos farsantes. De algum tempo para cá, “lágrimas de crocodilo” significa manifestação de hipocrisia. Ou de pensar de mentirinha. Nelson Rodrigues apimentou a expressão. Inventou “lágrimas de esguicho”. Põe choro nisso...

Reflexão
Como é fácil ser difícil! Basta se manter afastado dos sentimentos alheios e não dar vazão aos próprios. Não amar, por medo de sofrer. Não competir, por medo de perder. Não sonhar, por medo de se decepcionar. Não se arriscar, por medo de não conseguir. Como é fácil ser difícil! Não precisamos nos preocupar com telefonemas que precisam ser dados, em dar atenção às pessoas que pedem nossa ajuda, com a caridade que é necessária praticar, com a desigualdade de condições entre as pessoas. Como é fácil ser difícil! Basta fingir que somos fortes, inatingíveis, ricos, super ocupados, importantes e que jamais derramamos uma lágrima. Como é fácil ser difícil! Basta passar o resto de nossa existência representando um papel, aparentando o que não somos. Como é fácil ser difícil! Basta abrir mão do que existe de melhor na vida. Dos valores básicos, vitais, necessários e verdadeiros, como a amizade, o carinho, o afeto, a compreensão, a solidariedade, a sensibilidade, a emoção, a lealdade, a fé, a confiança, o amor. E viver sem esses valores é muito mais difícil.

FIGURAS E FATOS

Jovem arquiteta
A bela, elegante e inteligente Bárbara Viana Santos, formada em arquitetura em 2014, continua fazendo enorme sucesso e recebendo elogios com sua Base Arquitetura e Interiores, modernamente instalada na rua Carlos Pereira, 17, tendo como sócio outro jovem arquiteto, Leandro Rocha. Bárbara também acaba de montar uma empresa de revestimento: a Formatto. Sucesso total!
 
Cabra parida
Certa vez, perguntado por um político, por que não aproveitara em seu governo um ativo colaborador em sua campanha, Tancredo Neves respondeu com gingado irônico: “ih!, esse mente demais”. No Nordeste, esses tipos são designados pela expressão: “mente mais do que cabra parida”. De tudo isso, sai-nos a melancólica constatação de que o mundo destrói os códigos morais que construíram a digna convivência entre os humanos. Nesse período que antecede as eleições 2018, então, como aparecem “mentirosos” que pulam de galho em galho perseguindo o poder. Ontem falavam mal e tentavam desmoralizar alguns candidatos. Hoje, com a ascensão política de alguns, descem do muro como se nada tivesse acontecido num puxa-saquismo irritante. É aquele negócio: em se tratando de política, as “cabras paridas” sempre têm vez!
 
Violência
A violência não é privilégio do Brasil. Tampouco a corrupção é uma invenção brasileira. As duas coisas existem em todos os países, pois são inerentes à própria condição humana. O problema nosso é a impunidade, principal estímulo para que as coisas tenham chegado ao ponto a que chegaram. Mas o pior de tudo é a indiferença coletiva. Quase sempre encaramos as questões sociais como se nação não nos dissesse respeito: não vi, não ouvi e, portanto, nada tenho a declarar. A maioria de nós só fica indignada e assume os riscos de exigir, colaborar com a Justiça quando se sente vítima das circunstância. Uma triste realidade.
 
Gaiola de ouro
O prédio da Câmara Municipal do Rio de Janeiro já foi conhecido como Gaiola de Ouro. O apelido fazia referência aos custos de sua construção, considerados altíssimos em 1919: 23 mil contos de reis. Hoje, está mais para Gaiola dos Mimos. Em 2017, os vereadores distribuíram nada menos do que 4.460 homenagens. O fato nos faz lembrar de certa Câmara Municipal da região, que no ano que passou bateu recorde na concessão de títulos diversos. Alguns homenageados vindos de outras plagas, mal pisaram no solo “moquense” e já são cidadãos da terra. De leve.

País do Ipê
Neste mês de janeiro, a “árvore-símbolo” do Brasil continua sendo o IPÊ: IPVA, IPTU, IPCA, IPC, IPI, dentre outros “ipês”. A primeira prestação do IPVA já venceu o prazo. Enquanto isso, os motoristas continuam enfrentando estradas ruins, cheias de crateras, cobertas pelo mato e mal sinalizadas. Perguntar não ofende! Para onde vai parar tanto dinheiro arrecadado? Será nas cuecas ou meias dos nossos representantes? De leve.
 
Cardápio musical 
Cresce em Montes Claros o número de casas noturnas que têm na música ao vivo sua principal atração. O montes-clarense gosta de música e hoje já não sai de casa simplesmente por sair. Quando você cria um atrativo musical dentro de um espaço de gastronomia, ele passa a frequentá-lo quase que imediatamente. Contando nossa cidade com a concentração de grandes talentos, hoje citaremos dois dos mais solicitados artistas para apresentações semanais: Kaio Marques e sua irmã Nataly. Vejam a recheada agenda da dupla: hoje (19) (Dona´S Casa Bar e Chácara Bugarin), 20 (Sítio Guibé–privado e OAB – casamento) e 21 (Bull Pub).
 
Nota de pesar
É com muita tristeza e desolação, quando abrimos espaço nesta coluna para noticiar o falecimento de um ente querido. Hoje, o fazemos com igual sentimento, para lamentar a falta da querida Maria José Prates, que deixou o nosso convívio no início de semana. Uma mulher guerreira, de grande carisma e que soube em vida desempenhar de forma brilhante o papel de esposa, mãe extremada e amiga como poucas. Como superar a morte de um ente querido? Você não supera, uma parte de você morre junto. O que te mantém vivo são as lembranças e todo amor, carinho e afeto que essa pessoa te fez sentir. Aos familiares: tenham muita força! Quem partiu foi muito amada e para sempre será lembrada por quem ficou e por ela sentirá eternas saudades. Querida amiga Zezé! Descanse em paz.

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