Assange diz que devem ser divulgados mais e-mails de Hillary Clinton nos EUA

Estadão Conteúdo
25/08/2016 às 16:06.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:33
 (Justin Sullivan/Getty Images/AFP)

(Justin Sullivan/Getty Images/AFP)

O ativista Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, afirmou em entrevista à emissora Fox News que mais e-mails da candidata democrata à presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton, podem ser revelados antes da eleição geral. Segundo ele, o WikiLeaks pretende revelar documentos "significativos" sobre a ex-primeira-dama.

Líder nas pesquisas, Hillary vem sendo alvo de críticas nos últimos meses porque, quando era secretária de Estado do governo Barack Obama, trocou muitos e-mails utilizando sua conta pessoal, não a oficial do governo. Além disso, é questionado o fato de que Hillary se encontrou nessa mesma época com figuras que eram importantes doadores da Fundação Clinton, o que poderia sugerir conflito de interesses. A candidata já negou qualquer irregularidade.

Questionado pela Fox se os e-mails divulgados poderiam mudar a corrida eleitoral, Assange disse que "depende de como isso pegar fogo".

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Como lembra a Fox, o WikiLeaks que vazou arquivos do Comitê Nacional Democrata antes das primárias do partido de julho. Mensagens mostraram a atividade de dirigentes do partido em prol de Hillary e para minar a pré-candidatura do principal rival dela, o senador Bernie Sanders.

Em entrevista à rede CNN, Hillary se defendeu das revelações já divulgadas, dizendo que há "muita fumaça, mas nenhum fogo".

Uma decisão judicial obriga que o Departamento de Estado revise milhares de e-mails para potencial divulgação. O juiz James Boasberg determinou a data de 22 de setembro como limite para que o Departamento do Estado revise quase 15 mil e-mails de Hillary durante seu mandato como secretária de Estado. O material a ser liberado pode ser mais fonte de questionamentos sobre a candidata, perto da eleição de 8 de novembro.

O candidato republicano, Donald Trump, tem aproveitado para atacar Hillary, questionando as relações dela com a Fundação Clinton enquanto comandava o Departamento de Estado.

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