Assassino pode revelar onde está corpo de garoto morto em 1964

Do Portal HD
18/08/2012 às 10:53.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:33

O corpo do menino Keith Bennett, morto em 1964, aos 12 anos de idade, nunca foi encontrado. Quase 50 anos depois do crime, Ian Brady, um resial-killer que cumpre prisão perpétua na Inglatera, pelo assassinato de outras crianças e adolescentes, pode revelar onde enterrou o garoto. Site da BBC publicou reportagem sobre o caso e informou que detetives ingleses aceditam que o criminoso vai, finalmente, fazer a revelação.
Jackie Powell, advogada de Ian Brady, foi detida para averiguações no sul do País de Galles. O serial-killer teria entregue a ela uma carta, revelando onde enterrou o corpo o menino.

A suspeita da polícia britânica começou após a advogada admitir a existência da carta, que estaria endereçada à mãe de Keith, Winnie Johnson, de 78 anos. A revelação foi feita em documentário exibido pelo Channel 4.

Mas, Martin Bottomley, da Polícia da Grande Manchester, segundo a BBC, explicou que essa é apenas uma possibilidade, que está sendo analisada. "Talvez ele tenha escrito uma carta à mãe de Keith que não era para ser aberta antes de sua morte", explicou à BBC.

Desde 2009 a polícia abandonou as buscas do corpo do menino, que foi sequestrado em 16 de junho de 1964, quando ia para a casa da avó, em Manchester.

Entre 1963 e 1965, Brady, hoje com 74 anos, sequestrou, torturou  e matou cinco crianças. Apenas o corpo de Keith não foi encontrado, apesar de todos os esforços de sua mãe para sepultar o filho.

Em 1966, o serial-killer foi condenado à pris]ao perpétua pelas mortes de Lesley Ann Downey, de 10 anos, John Kilbride, de 12, e Edward Evans, de 17. Somente em 1987, Brady confessou ter assassinado também Keith e Pauline Reade, de 16 anos. Apenas os restos mortais da adolescente foram localizados.

A companheira de Brady, Myra Hindley, que morreu em 2002, aos 60 anos de idade, também cumpria pena de perpétua pelos assassinatos de Lesley Ann e Edward e por encobrir Brady pela morte de John.
Atualmente com a saúde frágil, o assassino de crianças passou os últimos 25 anos no hospital psiquiátrico de segurança máxima de Ashworth, em Merseyside. Ele também é alimentado por sonda há 12 anos, época em que passou a recusar alimentos.

A mãe de Keith, que hoje estaria com 60 anos de idade, disse em dezembro, segundo a reportagem da BBC, que gostaria de participar de uma audiência com a presença do assassino. Seria a primeira vez que ela o veria cara a cara. Mas, desistiu por achar que o encontro seria muito traumático.

Em julho, Brady seria apresentado a um tribunal para revisão de sua saúde mental. O processo era para decidir se ele poderia ir para uma prisão escocesa, já que nasceu em Glasgow. A sessão foi adiada após Brady sofrer uma convulsão.
 

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