Assembleia Geral da ONU votará pela 22ª vez contra embargo dos EUA a Cuba

Mariano Andrade - AFP
28/10/2013 às 21:47.
Atualizado em 20/11/2021 às 13:43

NOVA YORK - A Assembleia Geral da ONU votará na terça-feira (29) pelo 22º ano consecutivo uma resolução pedindo o fim do embargo comercial que os Estados Unidos aplicam contra Cuba há meio século, em um contexto de mudanças por um maior fluxo de viajantes entre os dois países.   No ano passado, a Assembleia Geral das Nações Unidas condenou, por uma maioria sem precedentes de 188 países a favor, três contra (Estados Unidos, Israel e Palau) e duas abstenções, o embargo imposto em 1962 pelo então presidente John F. Kennedy para forçar uma deposição do regime comunista da ilha.   A resolução sobre a "Necessidade de colocar fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba" está acompanhada por um relatório do gabinete do secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, que contém as respostas dos Estados membros e dos órgãos do sistema das Nações Unidas.   "A situação em 2012 foi muito similar à de anos anteriores. O bloqueio afeta as relações econômicas externas de Cuba e seus efeitos podem ser observados em todas as esferas das atividades sociais e econômicas do país", indica neste contexto o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).   Já a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) afirma que "os avanços no processo de atualização do modelo econômico são dificultadas pelo bloqueio e pela inclusão de Cuba, desde 1982, entre os Estados que patrocinam o terrorismo designados pelo Secretário de Estado dos Estados Unidos".   Segundo a CEPAL, "em 2012 o Governo dos Estados Unidos não fez esforços para suavizar o bloqueio", cujos danos econômicos acumulados entre fevereiro de 1962 e dezembro de 2011 "superam os 108 bilhões de dólares a preços atuais", segundo o último relatório disponível de Havana.   Apesar deste status quo na situação global do embargo, é certo que neste ano ocorreram algumas mudanças, impulsionadas principalmente pelo governo do presidente Raúl Castro com sua nova lei de imigração projetada para facilitar os procedimentos e requisitos para viajar ao exterior, assim como para entrar em Cuba.   Em agosto passado os Estados Unidos começaram a conceder aos cubanos vistos de turismo vigentes por cinco anos, e não apenas por seis meses.

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