(Hoje em Dia)
Servidores da rede pública estadual de Saúde de Minas fazem manifestação nesta quarta-feira (23), quando vão discutir indicativo de greve por tempo indeterminado. Eles querem isonomia do reajuste de benefícios que outros servidores públicos já receberam.
Carlos Augusto dos Passos Martins, presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, Técnicos Operacionais de Saúde, Analistas de Gestão da Saúde e Auxiliares de Apoio à Saúde de Minas Gerais (Sindpros), explica que a principal reivindicação é que o benefício de ajuda de custo passe dos atuais R$ 50 para diaristas, para R$ 75 para diaristas, e de R$ 116 para plantonistas suba para R$ 134, por plantão, num total de 11 plantões mensais.
De acordo com o Sindpros, no fim de fevereiro, Zema anunciou o reajuste dos valores de ajuda de custo e auxílio-alimentação em cerca de 60%, passando de R$ 47 para R$ 75, para os servidores que já têm direito ao benefício, a partir de fevereiro, com a pactuação de metas pelos órgãos e entidades. E os servidores da Rede Fhemig esperavam receber o aumento do benefício, o que não aconteceu.
O Sindpros afirma que, questionada sobre o problema, a Fhemig teria reconhecido uma falha. “A primeira explicação foi que aguardavam uma resposta para ver o que houve de errado e que publicariam uma nova resolução corrigindo os valores da ajuda. Como a folha de março já está fechando e não recebemos nada, vamos propor a retomada da greve por tempo indeterminado”, diz Carlos.
Segundo o sindicalista, em Minas são 13 mil servidores da rede Fhemig, que trabalham tem 19 unidades. Durante a manifestação, os funcionários vão manter uma escala mínima para atendimento de urgência, que será preservado. Mas os outros pacientes terão de esperar. “No horário da manifestação todos vão suspender as atividades”, conclui Carlos Martins.
A mobilização dos servidores da Fhemig terá o apoio do Sindicato dos Servidores dos Institutos de Previdência de Minas Gerais, que engloba o Instituto de Previdência dos Servidores Militares de Minas Gerais (IPSM) e do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg).
Antonieta Faria, presidente do sindicato, explica que o hospital do Ipsemg não vai parar porque, como há muito tempo não tem concurso, não há funcionários suficientes para manter apenas uma escala mínima e o atendimento será normal.
O Ipsemg tem menos de três mil servidores em 57 unidades em todo o Estado, segundo a sindicalista, que afirma ainda que estão apoiando o movimento de reivindicação do Sindpros, já que a pauta é a mesma. “Todos os servidores que não estiverem de plantão deverão comparecer à manifestação. Queremos isonomia do auxílio”, finaliza.
Segundo a Fhemig, o reajuste da ajuda de custo já foi paga no último dia 14, em folha extra. E todos os servidores da fundação receberam inclusive os valores retroativos.
Nós procuramos a Secrestaria de Estado de Planejamento e Gestão para recupercutir as revindicações dos servidores da Saúde e aguardamos o retorno.
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