Atentado contra israelenses na Bulgária deixa 8 mortos

BURGAS - O atentado contra turistas israelenses ocorrido na véspera na Bulgária, causando a morte de seis israelenses e de um búlgaro, foi cometido por um camicase não identificado até o momento, disse nesta quinta-feira (19) o ministro búlgaro do Interior, Tsvetan Tsvetanov. "A explosão foi provocada por um homem que morreu no atentado e cuja identidade exata não foi estabelecida. Seu documento de viagem era uma falsa carteira de motorista emitida no estado de Michigan", nos Estados Unidos, indicou o ministro no aeroporto de Burgas, onde o atentado foi cometido, às margens do Mar Negro.

"O camicase, vestido com um short e carregando uma mochila, parecia ser mais um turista. Deixou sua mochila no compartimento para a bagagem do ônibus, onde ocorreu a explosão", informou o ministro. Este atentado, atribuído por Israel ao Irã, tinha como alvo um ônibus que transportava ao terminal os turistas que saíram de um avião fretado e que viajariam ao balneário de Slanchev Briag, ao norte de Burgas. "O número de mortos chega a oito: seis israelenses, um búlgaro e o próprio camicase", acrescentou o ministro durante uma coletiva de imprensa. O balanço anterior era de seis mortos e cerca de 30 feridos, sem contar com o autor do atentado.

Segundo Tsvetanov, os mortos são seis turistas israelenses e o motorista búlgaro do ônibus, além do camicase. Outros 31 israelenses sofreram ferimentos no atentado, e dois encontram-se em coma. Na quarta-feira, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusou o Irã, denunciando "uma ofensiva terrorista iraniana". "Todos os sinais conduzem ao Irã", declarou em um comunicado.
 

Este ataque coincidiu exatamente com o 18º aniversário do atentado cometido em 1994 contra a Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA) de Buenos Aires, que deixou 85 mortos e 300 feridos, também atribuído ao Irã por Israel.