Atentados deixam 37 mortos e mais de 70 feridos no Iraque
DIWANIYA - Pelo menos 37 pessoas morreram nesta terça-feira no Iraque em vários ataques, 26 delas na explosão de um caminhão-bomba em um mercado de Diwaniya, ao sul de Bagdá, que "leva a marca da Al-Qaeda", segundo as autoridades iraquianas.
Estes ataques não foram reivindicados, mas acredita-se que o alvo de seus autores eram os xiitas iraquianos, que vão celebrar na sexta-feira o nascimento em 869 de Mohammed al-Mahdi, um dos imãs mais venerados do xiismo. Em Diwaniya, "ao menos 26 pessoas morreram e 70 ficaram feridas na explosão de um caminhão-bomba no estacionamento de um mercado do centro" da cidade às 10h15 locais (04h15 de Brasília), indicou à AFP um coronel de polícia que pediu anonimato.
De acordo com fontes policiais, entre as vítimas estão mulheres e crianças. O mercado que foi alvo do ataque é o principal ponto de venda de legumes de Diwaniya. A explosão destruiu 15 tendas nas imediações. Após o atentado, as forças de segurança decretaram toque de recolher na cidade de 400.000 habitantes.
"Este atentado leva a marca da Al-Qaeda, mas seguimos investigando e o toque de recolher continua em vigor. Amanhã (quarta-feira) anunciaremos os resultados da investigação", declarou o governador da província de Diwaniya.
Horas antes, também nesta terça-feira, a explosão quase simultânea de dois carros-bomba na cidade sagrada xiita de Kerbala, 110 km ao sul de Bagdá, matou quatro peregrinos xiitas. "Grupos extremistas como a Al-Qaeda (...) possivelmente os atacam com a esperança de exacerbar as tensões interreligiosas", advertiu nesta terça-feira John Drake, da empresa especializada em temas de segurança AKE Group. Na província de Diyala, ao norte da capital iraquiana, dois ataques deixaram quatro mortos. Dois filhos de um membro da milícia anti-Al-Qaeda Sahwa, assim como dois agricultores morreram, segundo uma fonte médica e outra das forças de segurança.
Ao norte, em Taji, a 25 km de Bagdá, duas pessoas morreram, incluindo um policial, nas explosões de duas bombas, segundo uma fonte do ministério do Interior. Outro policial morreu em Tuz Jurmatu, cidade que fica 175 km ao sul da capital, na explosão de uma bomba na passagem de uma viatura.