Resgatei nos meus alfarrábios esta crônica de 2008 que tem uma pergunta que certamente muitos já fizeram. Atleticano vira Cruzeirense e vice-versa?
Dia desses subindo a rua Melo Viana, encontrei alguns amigos no bar Azul e Branco, do nosso querido Joãomar Galdino, que é uma verdadeira vitrine futebolística.
Por exemplo, já me deparei com Bibi vestido com a camisa do Villa Nova, de Nova Lima. É isso mesmo, estou me referindo ao Leão do Bonfim. Outro frequentador assíduo é o flamenguista Toni Pidoca. Virou figura típica daquele logradouro. Aí nesta lista nos referimos aos botafoguenses Jorge Bodera e Márcio Goulart. Os cruzeirenses de praxe e já esperados diariamente, como Maza, Wilson, Carlinhos, Zé Carlos e tantos outros. Aliás, outro dia Toni me mostrou uma foto antiga dos jogadores “profissionais” do pé do morro e, nela, amarelada pelo tempo, naquela famosa foto oficial antes do jogo, estava o Zé Carlos com uma cabeleira maior que a do Toni Tornado na época de ouro da Soul Music. Quem te viu, quem te vê. Tudo que se observa com raridade na cabeça do Zé hoje é cabelo. Mas tudo bem, se lhe faltam fios capilares, sobra experiência e muita história pra contar.
Mas tem a turma nova também, e é sobre esta que quero me referir nesse meu “causo” intrínseco que sofreu análises, as mais didáticas, em virtude da sua profundidade bucólica e bossal. Ao subir para o descanso noturno, fui pego, de chofre, com uma pergunta extremamente profunda e de diversas interpretações, pergunta esta que me tomou um desejo caloroso de dividi-la com meus leitores.
Afinal, a dúvida sumária é: um atleticano pode tornar-se cruzeirense ou vice-versa?
Vi uma foto de William com camisa do Cruzeiro, logo William que é um atleticano declarado. Mas a situação alcoólica em que William se encontrava visualmente na foto não se pode afirmar nada. Invalida o documento. Assim, não foi aceita como prova do crime. Digo isso porque é um crime inafiançável um sujeito trocar a casaca dessa maneira, ainda mais para o seu arqui-inimigo mortal. Mas, “descredibilizo” a foto feita. Preparada e forjada.
De qualquer forma, a lebre foi levantada e despertou curiosidades mil. São milhares de casos de cruzeirenses virarem alvinegros, sendo o caso mais famoso o do saudoso cantor Vander Lee que pertencia à Máfia Azul e morreu jurando amor ao Atlético. Outro exemplo mais próximo é o do próprio Andrezinho, do transmultas, irmão do saudoso Gully, que, após a presença no jogo em que o Galo conquistou o título da série B, virou mesmo a casaca e hoje é um atleticano nato, convicto.
O saudoso amigo Geraldo Sá jurava ter um amigo que era atleticano e virou cruzeirense. Saulo Souza tem nomes. Samuel Nunes pressionou Lucilene Porto a dizer que já tinha sido atleticana e que hoje é cruzeirense, sob a premissa de jogá-la do lado de fora do carro em movimento.
Foram muitas as tentativas, mas ninguém ainda deu uma resposta satisfatória a esta pergunta.
Talvez