Atlético desorganizado

12/09/2017 às 00:00.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:31

Quem assistiu a partida do Atlético contra a equipe do Palmeiras viu em campo o resultado de uma total inconsistência de uma equipe e um técnico mais perdido do que cego no meio de um tiroteio.

Com dois jogadores a mais, a equipe atleticana fez o óbvio: diante de um Palmeiras completamente na defesa, abusou do chuveirinho na área e facilitou o trabalho da defesa adversária em cumprir seu objetivo de segurar pelo menos o empate.

Embora tenha ficado mais tempo com a bola no pé, a precisão dos chutes a gol do time atleticano foi pífia: 33% contra 62,5% da equipe palmeirense. Foram 32 bolas alçadas na área por parte do Galo contra apenas 13 do Palmeiras e mesmo assim a equipe não conseguiu reverter isso em jogadas perigosas e muito menos em gols. Pra piorar, o Atlético teve um pênalti muito bem marcado a seu favor e Fred perdeu mais uma vez.

Só depois de levar um gol praticamente na primeira bola perigosa que teve o Palmeiras é que o Atlético foi marcar de pênalti, de novo, muito bem marcado no Leonardo Silva e, dessa vez, convertido por Fábio Santos.

No segundo tempo, eu confesso que tentei entender as substituições feitas pelo técnico Rogério Micale. Na verdade, até agora estou mesmo tentando entender: ele tirou Adilson para colocar Robinho, que não acrescentou nada no esquema tático do jogo e, ao contrário, facilitou para o meio de campo do Palmeiras trabalhar a bola.

Então, depois de perceber que havia feito uma leitura errada do jogo e que o jogador colocado não respondeu bem ao que foi pretendido, Micale tirou Cazares e colocou Yago para recompor o meio campo. Aí o Micale se superou quando tirou Luan para colocar Otero, que, mesmo tendo dois jogadores a menos na equipe, não conseguiu penetrar na área e nem chegar ao gol de Fernando Prass.

A torcida chiou, já que o Menino Maluquinho estava bem em campo e era um dos poucos que mostrava atitude, como sempre, além de compromisso com a partida.
Ninguém entendeu nada. Muito menos o torcedor. Eu confesso que também não entendi.

Se salvaram nesta partida o Elias, Valdívia, Luan e Adilson. O restante ficou devendo.

Fred deu entrevista afirmando que já está acostumado a viver fases ruins. O time do Atlético não pode depender disso. De uma boa fase de Fred ou Robinho.

Se o técnico Rogério Micale for dar ouvidos ao presidente Daniel Nepomuceno e ficar escalando esses dois atletas para justificar investimento, penso ser pouco provável que este time conquiste alguma coisa próxima de zona de Libertadores. Uma coisa é certa: a prosseguir dessa forma, o melhor mesmo é começar a planejar 2018.

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