Ato contra projeto que criminaliza o aborto reúne milhares de pessoas no Centro de BH

Paula Bicalho
pbicalho@hojeemdia.com.br
13/11/2017 às 22:30.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:41
 (Reprodução Facebook Ato contra a PEC 181 // BH)

(Reprodução Facebook Ato contra a PEC 181 // BH)

No início da noite desta segunda (13), um grande número de homens e mulheres se reuniram na Praça Sete numa manifestação contra a PEC 181, que quer criminalizar o aborto no Brasil em qualquer situação, mesmo em caso de estupro. 

Organizado pelo Coletivo Vivas e outras 14 entidades, o ato tinha como objetivo enfatizar que a PEC representa um risco à vida, pois mesmo sendo proibido, estima-se que 1 a cada 5 mulheres de até 40 anos já tenha abortado. 

Segundo a organização, a criminalização do aborto leva milhares de mulheres à morte e a graves sequelas nas mãos de clínicas clandestinas.

Da Praça Sete, o protesto seguiu pela Avenida Afonso Pena, na altura da Caetés; pela Espírito Santo, entre Santos Dumont e Guaicurus; pela Avenida do Contorno, até chegar à Praça da Estação, onde o ato foi encerrado.

Participaram também a UJS Feminista -MG, Frente Terra e Autonomia - FTA, Mulheres Cabulosas da História, Casa de Referência da Mulher Tina Martins, Frente Povo Sem Medo - Minas Gerais, Cidade que queremos BH, Da História PUC Minas - Gestão Lutar e Mudar, Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro BH, Partida Belo Horizonte MG, Frente de Mulheres das Brigadas Populares, Mulheres da CST-PSOL, Movimento de Mulheres Olga Benario - MG, Movimento Mulheres em Luta - MG e Intersindical Central da Classe Trabalhadora - Minas Gerais. 

Relembre

A Comissão especial da Câmara dos Deputados aprovou, na semana passada, um projeto que prevê incluir na Constituição a garantia do direito à vida “desde a concepção”. Na prática, a proposta que avança no Congresso segue na direção de proibir o aborto sob qualquer justificativa.

No dia 11, porém, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que nenhuma proposta que proíba o aborto em casos de estupro passará pelo plenário da Casa. Disse, ainda, que é preciso tomar cuidado com a análise do texto e esclarecer qual a interpretação correta que deve ser dada à redação que sairá da comissão para o plenário. 

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