(Eugênio Moraes e Flávio Tavares)
Auditores fiscais, membros de centrais sindicais e integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) fizeram manifestação nesta segunda-feira (21), em Belo Horizonte, para cobrar a prisão dos irmãos Antério e Norberto Mânica, além de Hugo Pimenta e José de Castro.
Eles foram condenados por envolvimento na Chacina de Unaí, em que três auditores fiscais e um motoristas foram mortos a tiros. O crime aconteceu em 2004 e os julgamento em outubro e novembro de 2015. Contudo, todos aguardam em liberdade o julgamento de recurso no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), em Brasília.
Para cobrar agilidade da Justiça na prisão dos condenados, o deputado Rogério Correia (PT) convocou reunião na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O ato contou com a participação de representantes do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), sindicalistas e parlamentares.
Depois do encontro, um grupo seguiu em passeata da ALMG até a da Justiça Federal, em Belo Horizonte.
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Ex-prefeito de Unaí é condenado a 100 anos por morte de fiscais do trabalho
Julgamento
Em 2013, condenados por homicídio, Rogério Alan Rocha Rios foi condenado a 94 anos de prisão; Erinaldo de Vasconcelos Silva, a 76 anos de reclusão; e William Gomes de Miranda, a 56 anos de prisão. Em outubro de 2015, o fazendeiro Norberto Mânica foi condenado a 100 anos de prisão como mandante do crime e o empresário José Alberto de Castro, intermediário entre os mandantes e os pistoleiros, a 96 anos e cinco meses de reclusão.
O fazendeiro e ex-prefeito de Unaí, Antério Mânica, irmão de Norberto, também acusado de ser mandante do crime, foi condenado em novembro de 2015 a uma pena de 99 anos, 11 meses e quatro dias de prisão. O empresário Hugo Alves Pimenta, outro intermediário entre pistoleiros e mandantes, fez acordo de delação premiada e teve pena de 47 anos, três meses e 27 dias de prisão.