Aurindo Ribeiro: - A oposição é mesmo caolha e obtusa

O vereador Aurindo Ribeiro – PV, porta-voz do executivo na câmara municipal de Montes Claros reagiu às investidas da oposição ao governo de Athos Avelino – PPS, considerado caduco e incapaz. Ele repetiu denominação que foi dada aos opositores em artigo publicado pela imprensa local, segundo o qual a bancada, por sua insistência em criticar por criticar a administração chega a ser caolha e obtusa.

Em entrevista ao repórter Eduardo Brasil, Aurindo Ribeiro rebate, ainda, as críticas de que a Governança Solidária, programa do governo municipal sustentado no orçamento participativo, culminou num fracasso que antecipara o final amargo da atual gestão - segundo acentuou Fátima Pereira em O Norte, edição 708.

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O NORTE – Qual a sua definição sobre a oposição que a administração municipal enfrenta no legislativo?

AURINDO RIBEIRO – A oposição é importante em qualquer regime democrático. É necessária. Mas é preciso que ela tenha uma conduta mais coerente e que não se perca em ser apenas oposição por oposição. Que saiba criticar os erros e elogiar os acertos. Que conheça o assunto para tratá-lo da tribuna da câmara municipal. Infelizmente, a oposição que temos peca nesse sentido. Por isso, ela foi denominada em editorial na imprensa de caolha e obtusa. É mesmo. A oposição adotou um discurso único, destrutivo. Não faz a crítica coerente, que até ajuda. Critica por criticar, sempre dizendo que tudo vai de mal a pior. Não é uma postura coerente.

ON – E quanto às críticas de que a Governança Solidária é um fracasso, porque é sustentada em obras virtuais e procedimentos politiqueiros?

AURINDO RIBEIRO – Quem fala isso não conhece o trabalho que está sendo feito nas comunidades. São encontros, plenárias que desde que foram iniciadas reúnem centenas de moradores, em todos os bairros. É o processo de descentralização político-administrativo que colocamos em curso. Não é um fracasso e isso pode ser conferido se os críticos tomarem conhecimento do que de fato está sendo realizado em função dessas decisões de plenárias. É um governo participativo, com um volume de obras jamais experimentado pelo município.

ON – A oposição diz que são obras virtuais.

AURINDO RIBEIRO – São quatro, cinco vozes que dizem isso da tribuna contra dez vereadores, contra uma realidade que está exposta. Uma realidade que os demais vereadores da câmara municipal, e grande parte da população fazem questão de ressaltar. A oposição, só ela, não quer enxergar o lado bom das coisas, a realização de várias obras. Fecha os olhos para a Farmácia popular, para a Usina de Biodiesel, para a Estação de tratamento de esgotos, para o saneamento básico...

ON – Mas, essas são obras do governo estadual, do governo federal... A oposição, aliás, acusa a administração de tomar para si essas obras do Estado e da União em propaganda na mídia...

AURINDO RIBEIRO – Como não são obras do governo municipal, se ele tem grande participação na sua realização? Como o governo faz uma obra no município e não tem a participação da prefeitura? Quem fala isso, ignora como se dá o processo para assegurar esses serviços. Ele é feito através de parcerias, de convênios. E esses convênios contam com recursos do município, com decisões do município, com a atuação de suas secretarias na elaboração de projetos, doação de terreno, de mão-de-obra, e tudo isso com a autorização da câmara de vereadores.  O governo de Athos Avelino é incomparável quando se trata de obras do Estado e da União, porque nunca experimentamos um volume tão grande. Por quê? Por que a administração mostrou que tem capacidade para buscar esses apoios.

ON – Ainda assim, os opositores são unânimes em afirmar que Athos não se reelegerá...

AURINDO RIBEIRO – Pois eu penso o contrário. Ele tem todas as condições de se reeleger, porque tem sido um bom administrador. E um dos detalhes que reforçam essa perspectiva é exatamente o resultado obtido até agora com a Governança Solidária. Todas as obras demandadas estão sendo realizadas. Todas. Mas, penso que ainda é cedo para que o assunto das eleições ganhe pauta. Ainda teremos as coligações e isso, aliás, reforça a nossa expectativa de sucesso nas urnas, uma vez que o doutor Athos é um homem aberto ao diálogo e certamente muitos marcharão conosco. Não descarto, em nossas fileiras, nem mesmo a presença de pessoas que hoje são ligadas ao bloco da oposição. Vamos esperar. Mas, vejo com bons olhos a possibilidade de um segundo mandato.