O governo da Austrália anunciou mudanças no gabinete neste sábado, três dias depois de marcar eleições para setembro, uma atitude incomum no país, onde votações são anunciadas com apenas algumas semanas de antecedência.
A procuradora-geral Nicola Roxon, a primeira mulher a ocupar o cargo e fiel partidária da primeira-ministra Julia Gillard, e o líder do Senado, Chris Evans, que assumiu interinamente como premiê em algumas ocasiões, estão deixando o gabinete.
Respondendo à oposição, Gillard negou que as renúncias tenham comprometido a coalizão governista. "Por que alguém diria isso?", questionou. "Primeiro, eu marquei uma data para as eleições, dando ao povo estabilidade e certeza que nunca tiveram antes...e segundo, estou aqui hoje fazendo um anúncio planejado há muito tempo, depois de ter a oportunidade de discutir tanto com Chris quanto com Nicola suas opiniões sobre seus futuros ao longo do último ano", acrescentou.
Gillard disse que sabia há um ano que Evans, que servia como ministro da Educação, e Roxon, não queriam concorrer à reeleição e que esperou o melhor momento para fazer o anúncio.
Roxon e Nicola disseram estar confiantes de que Gillard tem condições de ganhar as eleições, embora pesquisas de opinião sugiram que a oposição conservadora liderada por Tony Abbott assumirá o poder.
Os opositores classificaram as mudanças no gabinete como um "começo horrendo" de ano para Gillard após uma série de polêmicas, que incluíram acusações de fraude feitas contra o parlamentar Craig Thomson. As informações são da Dow Jones.
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