Autor de filme anti-Islã é condenado a um ano de prisão

AFP
07/11/2012 às 21:25.
Atualizado em 21/11/2021 às 17:59

LOS ANGELES - O autor do filme anti-Islã que desencadeou uma onda de violência nos países árabes foi condenado nesta quarta-feira a um ano de prisão por violação de sua liberdade condicional em um caso de fraude bancária, anunciou um tribunal de Los Angeles.

Mark Basseley Yussef, de 55 anos, conhecido anteriormente pelo nome de Nakula Basseley Nakula, reconheceu ter utilizado diversos pseudônimos, violando sua liberdade condicional.

Ao admitir sua culpa por quatro acusações -- principalmente a obtenção de uma carteira de motorista californiana com uma identidade falsa -- Mark Basseley Yussef conseguiu chegar a um acordo com o procurador, que abandonou outras quatro acusações.

O uso de identidades falsas foi considerado uma violação de sua liberdade condicional. Ele foi condenado par um tribunal federal de Los Angeles a um ano de prisão, seguido de quatro anos de monitoramento judicial.

Mark Basseley Yussef havia sido condenado em 2010 a 21 meses de prisão por ter aberto várias contas bancárias e por ter obtido cartões de crédito com o uso de identidades falsas.

O autor do filme contendo ofensas ao Islã "A inocência dos muçulmanos" tinha sido preso em setembro, depois de uma onda de violência no Oriente Médio desencadeada pela produção de baixa qualidade, deixando mais de 50 mortos, incluindo o embaixador americano na Líbia.

Yussef vivia em Cerritos, no sul de Los Angeles.

Após a divulgação do filme, ele se escondeu, temendo por sua segurança. A polícia ajudou sua família a se juntar a ele dois dias depois, antes de sua prisão, em 27 de setembro.

A justiça ordenou então a sua detenção imediata, sem possibilidade de libertação sob fiança, pelo risco de fuga e por apresentar perigo à comunidade. "A corte não confia no acusado", havia declarado a juíza.

O filme amador ridiculariza o profeta Maomé.

Uma das atrizes do filme, Cindy Lee Garcia, afirmou ter sido enganada sobre o tema do filme e pediu em tribunais o corte de trechos do filme exibidos no YouTube. Seus pedidos foram rejeitados em duas oportunidades.
 
 

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