Autoridades indianas reagiram com indignação neste domingo a um ousado ataque lançado ontem por cerca de 200 supostos rebeldes maoístas, que mataram 24 pessoas ao detonar uma bomba e abrir fogo contra um comboio de carros que transportava líderes locais e apoiadores do partido do governo no estado de Chhattisgarh, onde grupos insurgentes têm forte atuação.
A emboscada de ontem foi interpretada como um aviso às autoridades que se mantenham longe da principal base de apoio dos rebeldes.
O primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, e a presidente do Partido do Congresso, Sonia Gandhi, visitaram hoje algumas das 37 pessoas que ficaram feridas no ataque em um hospital de Raipur, capital de Chhattisgarh, e prometeram adotar ações firmes contra os autores do atentado.
"Estamos devastados", disse Ghandi, que classificou o episódio como um "ataque covarde" aos valores democráticos do país.
Já Rajnath Singh, presidente do partido oposicionista Bharatiya Janata, afirmou que a Índia precisa se unir na luta contra a insurgência maoísta.
O comboio foi atacado numa área de florestas a cerca de 345 quilômetros de Raipur. Entre os mortos estavam quatro líderes partidários de Chhattisgarh e oito policiais. Dos feridos, 11 se encontram em estado grave. As informações são da Associated Press.
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