Avanço na flexibilização em Belo Horizonte prevê bar e restaurante, mas setor está pouco otimista

Renata Galdino
rgaldino@hojeemdia.com.br
19/08/2020 às 08:06.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:19
 (Maurício Vieira)

(Maurício Vieira)

A expectativa de avanço da flexibilização para a fase 2, em Belo Horizonte, se volta para os bares, restaurantes e lanchonetes. O plano de retomada apresentado pela prefeitura, em 4 de agosto, permite o funcionamento desses locais com público, desde que seguidas as normas sanitárias para garantir a saúde dos trabalhadores e dos clientes.

Nesta quarta-feira (19) os números da Covid-19 em BH, após duas semanas da retomada do comércio na cidade, começam a ser analisados pelo Comitê de Enfrentamento para determinar os próximos passos. A expectativa é a de que a decisão seja anunciada pela prefeitura na próxima sexta-feira (21).

Vale lembrar que, desde 20 de março, esses estabelecimentos estão autorizados ao funcionamento apenas por delivery ou no sistema de retirada na porta do estabelecimento, sem consumo no local.

Mesmo assim, o presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Belo Horizonte e Região Metropolitana (Sindbares), Paulo Pedrosa, diz que muitos empresários têm dificuldades para fechar as contas. Segundo ele, a estimativa é de que 1,2 mil dos 13 mil pontos comerciais fechem as portas em definitivo por conta da quarentena imposta.

Ontem, após reunião com o prefeito Alexandre Kalil, ele se mostrou com pouca expectativa de que o setor seja contemplado nesta etapa.

“A não ser que haja uma surpresa muito grande nos números, que estão estabilizados, em baixa, mas o prefeito foi firme na sua decisão. Ele tem olhado tanto para bares e restaurantes quanto para comércio, mas disse que aguarda os números (da Covid-19) para avaliar, e chamar a gente na semana que vem para anunciar alguma data de reabertura”, contou o representante do Sindbares.

No encontro, Paulo Pedrosa sugeriu ao prefeito que permita bares e restaurantes, inicialmente, receberem clientes para o almoço, das 11h às 17h. “Ele prometeu estudar, mas não prometeu data, não garantiu nenhuma data”, complementou.

Em nota, a PBH informou que “as solicitações serão avaliadas com base nos números da pandemia em Belo Horizonte”.

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