Balanço do PAC2 aponta que 46% das ações previstas foram concluídas

Do Hoje em Dia
25/02/2013 às 15:49.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:20

Entre setembro e dezembro de 2012, houve avanço de quase oito pontos percentuais na conclusão das obras previstas na segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2), conforme os dois últimos balanços divulgados pelo Ministério do Planejamento. Foram concluídas 46% das ações previstas e, incluindo as obras em andamento, os investimentos somam R$ 472,4 bilhões.

São números expressivos, mas há um problema: nos setores de transportes, energia, mobilidade urbana, recursos hídricos e no Programa Luz para Todos só 29% das obras foram concluídas. As ferrovias, consideradas importantes para o desenvolvimento do país e para descongestionar nossas rodovias, não estão bem. O PAC2 prevê a construção de 2.672 quilômetros, mas só foram concluídos 459.

A Ferrovia Norte-Sul tem um trecho de 682 quilômetros ligando Anápolis, em Goiás, a Estrela d’Oeste, em São Paulo. Apenas 190 quilômetros foram concluídos. Na Ferrovia Integração Oeste-Leste, que terá quase 1,5 mil quilômetros, só 12% das obras no trecho entre Ilhéus e Caetité foram terminadas. E o Ministério do Planejamento classifica como “preocupante” a situação entre Caetité e Barreiras.

Embora não seja essa a avaliação oficial, não é menos preocupante, para os brasileiros, a situação na área de geração de energia elétrica. Em dois anos do PAC2, que prevê aumentar em mais de 30 mil megawatts (MW) a capacidade de geração, entraram em operação comercial apenas 6 mil MW, dos quais mais da metade gerados em usinas térmicas. Para o restante, afirma o Ministério do Planejamento, as obras estão em andamento. Porém, quase metade desses 24,8 mil MW depende da polêmica Usina de Belo Monte, no Pará, na qual apenas 21% das obras previstas foram concluídas.

O PAC2 tem sido mais bem-sucedido no setor habitacional, onde há forte presença de investimentos privados. Dos R$ 151,6 bilhões em financiamentos habitacionais liberados nos últimos dois anos, apenas R$ 36,3 bilhões estavam direcionados para o Programa Minha Casa, Minha Vida, considerado uma das prioridades do governo Dilma Rousseff.

Em todos os programas do PAC2, as empresas estatais aplicaram quase R$129 bilhões, ou 27% do total, enquanto as empresas privadas investiram R$ 98,9 bilhões. De todo o investimento previsto nesta etapa do programa, só 21% estão relacionados com obras já concluídas. O que anima é que, em 2012, o investimento aumentou 31%, em comparação com o primeiro ano do PAC2.

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