Risco hidrológico

Bandeira vermelha: conta de luz fica mais cara a partir de outubro

Cobrança extra de R$ 7,877 a cada 100 kWh reflete a baixa expectativa de chuvas e aumento dos preços no mercado de energia

Angel Drumond
portal@hojeemdia.com.br
01/10/2024 às 08:00.
Atualizado em 01/10/2024 às 21:07
 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

(Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A conta de luz dos brasileiros sofrerá um aumento significativo neste  outubro, com a bandeira tarifária vermelha patamar 2 sendo acionada. Essa mudança, a primeira desde agosto de 2021, traz uma cobrança extra de R$ 7,877 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, impactando diretamente o orçamento das famílias e empresas.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) explicou que o acionamento da bandeira vermelha é resultado de um risco hidrológico elevado, devido à baixa previsão de chuvas que afeta os reservatórios das hidrelétricas. Além disso, houve um aumento nos preços do mercado de energia elétrica, que contribuiu para essa decisão.

Desde abril de 2022, o sistema de bandeiras tarifárias esteve em sua maioria em verde, sinalizando um período de custos mais baixos. A bandeira amarela foi introduzida em julho de 2024, seguida por uma bandeira verde em agosto e pela vermelha, patamar 1, em setembro. A correção da informação sobre a bandeira vermelha, que inicialmente havia sido anunciada para setembro, também gerou confusão entre os consumidores.

O sistema de bandeiras, implementado em 2015, visa refletir os custos variáveis da geração de energia elétrica no Brasil. Ele utiliza cores para indicar os níveis de custo, onde a bandeira verde não acarreta custos extras, enquanto as bandeiras vermelha (nos patamares 1 e 2) implicam em valores mais elevados.

Essa estrutura não apenas informa os consumidores sobre as tarifas, mas também os convida a participar ativamente na gestão de suas contas de energia. A Aneel afirma que, ao saber que a bandeira está vermelha, o consumidor pode ajustar seu consumo, ajudando a reduzir o valor final da conta.

As implicações dessa alteração tarifária podem ser significativas, especialmente em um período de instabilidade econômica. A expectativa é que as famílias busquem alternativas para diminuir o consumo, como a adoção de hábitos mais sustentáveis e o uso eficiente de energia.

Diante desse cenário, a orientação da Aneel para que os consumidores se tornem mais conscientes sobre suas contas é mais relevante do que nunca, especialmente considerando que a bandeira vermelha patamar 2 é a mais alta do sistema tarifário atual.

O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) reúne dicas para que o consumidor diminuia gastos com energia elétrica. Confira:

  • Utilize o ar-condicionado apenas quando necessário e por curtos períodos;
  • Reduza o tempo de banho e ajuste o chuveiro para a posição "verão", que consome menos energia;
  • Troque lâmpadas incandescentes por LEDs ou fluorescentes;
  • Desligue aparelhos eletrônicos que não estão em uso e retire-os da tomada;
  • Use as máquinas de lavar e secar apenas com a carga completa;
  • Ajuste a temperatura da geladeira e evite abrir a porta sem necessidade;
  • Prefira eletrodomésticos com etiqueta do Inmetro, priorizando os de classificação "A", que consome menos energia.
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