(Maurício Vieira / Hoje em Dia)
Passado o primeiro turno das eleições, além da sujeira provocada por ‘santinhos’, cartazes, panfletos e outros materiais nas ruas de BH, ainda é possível encontrar diversos suportes de concreto, utilizados para sustentar bandeiras de candidatos, espalhados pelas calçadas e canteiros centrais.
O objeto, segundo especialistas, pode apresentar risco para pedestres, ser obstáculo para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida, além de uma distração para motoristas. O material está sendo recolhido por garis da prefeitura de BH (PBH).
Porém, o Hoje em Dia foi às rua e encontrou as bases de concreto em diversos endereços. No encontro da avenida Brasil com a Afonso Pena, na praça Tiradentes, região Centro-Sul, por exemplo, há vários suportes deixados para trás.
Na região hospitalar, no encontro das avenidas Brasil e Francisco Sales, também há flagrantes de bases ‘abandonadas’, inclusive em frente à Santa Casa de BH.
(Maurício Vieira / Hoje em Dia)
Obstáculo
Para o diretor científico da Associação Mineira de Medicina do Tráfego (Ammetra), Alysson Coimbra, os suportes de concreto obstruem as calçadas, que estão cada vez mais estreitas e danificadas.
“Esses objetos em espaços destinados para mobilidade se tornam verdadeiros obstáculos para pedestres, que podem estar distraídos, utilizando celular, por exemplo, e acabar caindo na pista de carros", pontua.
Segundo o especialista, o risco é ainda maior para cadeirantes, pessoas com mobilidade reduzida e usuários de andador. O objeto é descrito como obstáculo total para este público, principalmente nos períodos de menor visibilidade, como à noite.
(Maurício Vieira / Hoje em Dia)
Apesar de não apresentar risco de rolamento para a pista de carros, as bases de concreto se tornam uma distração visual para motoristas, alerta o diretor da Ammetra.
“Este tipo propaganda sempre chama atenção dos motoristas, que devem estar sempre focados na direção do veículo e pode causar o que chamamos de falhas de atenção no volante”, acrescenta.
Diante dos riscos, Coimbra avalia que o uso de suportes não é uma boa estratégia para campanhas eleitorais. O objeto pode ainda ser jogado na via por terceiros com má intenções e causar acidentes de trânsito.
(Maurício Vieira / Hoje em Dia)
Em nota, a PBH informou que a Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) mobilizou cerca de 400 garis para recolher os resíduos gerados pelas eleições. E que os resíduos, incluindo os suportes de concreto, serão destinados ao aterro sanitário de Macaúbas, em Sabará, na região metropolitana.
Ao Hoje em Dia o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) a responsabilidade de retirada dos suportes é dos candidatos, partidos, coligações e/ou federações.
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