Lei foi aprovada em 2º turno e por unanimidade entre os 35 vereadores presentes, no mês passado, na Câmara Municipal de BH (Divulgação / CMBH)
A renúncia do vereador Léo Burguês (União), que estava prestes a enfrentar um processo de cassação na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), trouxe ainda mais acusações nos bastidores do Legislativo da capital e envolveu até a divulgação de filmagem escondida com denúncia contra o presidente da Câmara, vereador Gabriel (Sem paritdo).
A situação chegou ao ponto de Gabriel anunciar que vai acionar o Ministério Público (MP) com uma queixa-crime pedindo que investigue a todos os envolvidos, incluindo ele mesmo, acusado de prevaricar e se negar a aceitar um pedido de cassação contra o vereador Ciro Pereira (PTB), por indicar "funcionários fantasma" para a Prefeitura de Belo Horizonte.
A denúncia contra Gabriel partiu do ex-vereador Carlos Henrique (Republicanos), que divulgou um vídeo no qual está gravado um diálogo entre ele e o presidente da Câmara sobre a cassação de Ciro Pereira. Carlos Henrique é suplente de Ciro e no vídeo diz que está na hora de "reassumir mandato" na CMBH.
No diálogo gravado de forma escondida, o ex-vereador cobra de Gabriel o cumprimento de uma promessa. Não fica claro qual é essa promessa. Mas o ex-vereador Carlos Henrique deixa claro que se trata de um pedido de ajuda e que envolveria uma denúncia de funcionário fantasma, indicado por Ciro Pereira para trabalhar na PBH. O vídeo foi divulgado em redes sociais e para veículos de imprensa.
O vereador Gabriel negou a acusação de prevaricação e reagiu à divulgação do vídeo, que ele classificou de “uma filmagem clandestina”.
O presidente da CMBH associou a denúncia ao processo de cassação de Léo Burguês e disse que irá acionar a Justiça para que todos os envolvidos na confusão - o ex-vereador Carlos Henrique, o vereador Ciro Pereira, o ex-vereador Léo Burguês e, inclusive, ele mesmo, vereador Gabriel Azevedo - sejam investigados pelo Ministério Público em virtude das denúncias que foram trazidas a público.
Em nota divulgada junto com a queixa-crime protocolada por Gabriel no Ministério Público, a equipe do vereador destaca que não é a primeira vez que Léo Burguês se envolve em denúncias contra o vereador Gabriel e que, na última vez, foi provado na Justiça que as acusações não tinham fundamento.
“Agora, diante de um turbilhão de indícios de criminalidade que sempre foram a marca da vida política do ex-vereador Léo Burguês, o mesmo tipo de estratégia volta à cena no dia da sua renúncia para evitar uma cassação. A tentativa de uma cortina de fumaça para despistar a imprensa e a sociedade não pode ficar sem punição”, afirma a nota divulgada por Gabriel.
A última cena dessa novela foi a renúncia de Léo Burguês. Resta agora ao eleitor de Belo Horizonte aguardar como as novas denúncias e pedido de cassação irão repercutir no plenário da Câmara Municipal.
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