BC não quer acabar com parcelamento sem juros no cartão pelo lojista, diz Ilan

Estadão Conteúdo
26/02/2018 às 12:01.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:34
Indicativo do número de dívidas em atraso foi um dos menores do ano, 0,25% (Toninho Almada/Hoje em Dia/Arquivo)

Indicativo do número de dívidas em atraso foi um dos menores do ano, 0,25% (Toninho Almada/Hoje em Dia/Arquivo)

O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou que a autoridade monetária trabalha para reduzir distorções no mercado de cartão de crédito e os custos do sistema, mas ressaltou que não há planos para se acabar com o parcelamento sem juros no cartão, como chegou a ser noticiado. "O consumidor precisa saber que o parcelamento tem juros, nada é de graça", disse, ao responder perguntas de empresários em evento da Câmara Espanhola de Comércio no Brasil.

"Estamos tentando mexer no sistema para eliminar distorções", disse Ilan. Na apresentação ele ressaltou que o BC quer estimular o uso de meios eletrônicos de pagamentos, como o cartão, para substituir o papel moeda. O meio é mais eficiente e ajuda a evitar coisas como a lavagem de dinheiro, segundo ele.

Ao falar da necessidade de financiamento de longo prazo, Ilan mencionou que inflação baixa e estabilidade macroeconômica são um "insumo" importante para permitir que este mercado se desenvolva. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai continuar tendo seu papel, mas o mercado de capitais deve ganhar peso como financiador para projetos de infraestrutura, disse ele.
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