(Valéria Marques / Hoje em Dia)
O transporte público de Belo Horizonte passa a contar com 220 novos ônibus. Os veículos são equipados com ar-condicionado, suspensão a ar e acessibilidade para atender cerca de 80 linhas. Até o fim do ano, a expectativa é que mais 200 ônibus sejam entregues para renovar a frota, totalizando 420. Os ônibus já estão circulando pelas ruas da capital e estão numerados para que a população identifique os novos veículos.
O anúncio foi feito pelo prefeito Fuad Noman (PSD) e o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de BH (Setra-BH), Raul Lycurgo Leite, nesta quinta-feira (19). Dos 220 veículos, 167 foram adicionados no sistema e 53 substituem coletivos. Atualmente, a frota é composta por 2.484 coletivos.
A medida é mais uma tentativa de reduzir a superlotação nos horários de pico e de solucionar problemas relacionados às más condições do transporte, recorrente alvo de reclamações dos passageiros. A renovação da frota é uma das contrapartidas previstas no subsídio de meio bilhão de reais aos consórcios.
(Valéria Marques / Hoje em Dia)
Após a lei do subsídio, foram adicionadas 849 novas viagens ao sistema público de transporte, sendo 497 em dias úteis e 352 aos fins de semana. De acordo com a PBH, até dezembro, serão 2.170 viagens a mais, especialmente nos horários de pico.
“A PBH estabeleceu um período de seis meses, até dezembro, para que as empresas pudessem se ajustar e se adequar ao modelo estabelecido pelo decreto. Hoje, o Setra-BH está entregando 220 ônibus dessa primeira leva. É um compromisso, um processo de modernização e de encaminhamento de soluções definitivas para o transporte coletivo de BH”, disse Fuad.
Para o presidente do Setra-BH, a renovação da frota foi possível graças a um contrato mais “equilibrado” com o poder público. Lycurgo disse que o valor das tarifas em BH estava congelado “ilegalmente” desde dezembro de 2018.
(Valéria Marques / Hoje em Dia)
“Houve uma modernização do contrato. Hoje o recurso não é simplesmente da tarifa paga na catraca. Existe a receita da tarifa e a complementação tarifária”, acrescentou o presidente do sindicato.
Fiscalização
Segundo a PBH, até setembro deste ano foram realizadas 908 operações de fiscalização. Ainda de acordo com a PBH, mais de R$ 7,9 milhões deixaram de ser repassados às empresas de transporte por descumprimento de critérios previstos no acordo para o subsídio.
Gratuidades
A lei de remuneração complementar sancionada neste ano também possibilitou gratuidade no transporte para pacientes em tratamento oncológico (e acompanhantes) atendidos em hospitais da rede SUS.
Também foi disponibilizado um auxílio transporte para mulheres em situação de violência doméstica e familiar e que apresentam vulnerabilidade social e econômica. Já o “auxílio transporte escolar” cobre agora 100% da tarifa para 6 mil estudantes.
Outro benefício foi a implantação da tarifa zero nas linhas de vilas e favelas, em fase de regulamentação. O benefício vai beneficiar famílias em extrema situação de vulnerabilidade social e econômica.
(Valéria Marques / Hoje em Dia)