BH tem nove casos confirmados de sarampo; outros 205 estão sob investigação

Cinthya Oliveira
26/09/2019 às 16:00.
Atualizado em 05/09/2021 às 21:57
 (Carlos Bassan/Fotos Públicas)

(Carlos Bassan/Fotos Públicas)

Belo Horizonte registrou nove casos confirmados de sarampo em moradores da capital até esta quinta-feira (26), de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde. Houve uma confirmação a mais do que o balanço divulgado na semana passada. Outras 47 notificações da doença foram descartadas por exames, enquanto 205 estão sob investigação. 

Os dois primeiros casos confirmados ocorreram em janeiro e fevereiro, respectivamente. Mas, os sete casos restantes ocorreram nos meses de agosto e setembro e são casos importados, ou seja, a infecção ocorreu fora de Belo Horizonte, de acordo com a pasta municipal.

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, em Minas foram confirmados 30 casos de sarampo neste ano, enquanto 593 estão em investigação. Entre os 26 casos confirmados nos últimos 90 dias, a maioria está relacionada à importação do vírus de doentes que estiveram no estado de São Paulo ou por contato direto com quatro doentes paulistas.

Protocolo de atendimento

O sarampo é uma doença extremamente contagiosa, mas o tratamento do paciente normalmente não exige internação e pode ser feito em casa, com uso de remédios para dor e febre, de acordo com a diretora de Promoção da Saúde e Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, Lúcia Paixão.

Segundo ela, a orientação dada a centros de saúde, unidades de pronto-atendimento e hospitais é de verificar na recepção se o paciente tem sintomas de sarampo, como febre, coriza e manchas na pele. Caso haja a suspeita, ele deve receber uma máscara e ser encaminhado a um consultório separado. Nesse caso, não há fechamento da unidade para desinfecção e bloqueio vacinal das outras pessoas presentes. Esse protocolo é realizado quando o paciente passou um maior tempo no local, à espera de atendimento.

“Quando há suspeita de sarampo, também é feito um bloqueio vacinal entre os contatos familiares e sociais do paciente, como namorados, familiares e colegas de trabalho. Em muitas vezes, a secretaria vai até o domicílio para aplicar as vacinas, mas isso varia conforme a situação”, explica Lúcia.

Normalmente, não há necessidade de se internar o paciente. Ele é orientado a voltar para casa usando uma máscara cirúrgica e ficar dentro do domicílio por quatro dias. Os cuidados que ele deve tomar são os mesmos de uma pessoa com gripe, como lavar bem as mãos e ter uma boa hidratação. Para os bebês, é dada vitamina A para evitar alterações oculares.Editoria de Arte / N/A

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