Gotinha ignorada

BH tem uma a cada três crianças sem proteção contra paralisia infantil

Baixo índice de vacinação contra a poliomielite preocupa; campanha de imunização começa na segunda-feira

Do HOJE EM DIA
portal@hojeemdia.com.br
25/05/2024 às 08:00.
Atualizado em 25/05/2024 às 10:44
 (SES-MG/Divulgação)

(SES-MG/Divulgação)

Em Belo Horizonte, uma a cada três crianças menores de 1 ano não está protegida contra a poliomielite, doença grave que pode provocar a paralisia irreversível nas pernas e até matar. Na tentativa de aumentar o índice de cobertura vacinal, a capital dará início à campanha nacional de imunização a partir da próxima segunda-feira.

A meta é imunizar todo o público menor de 5 anos. O esquema para menores de 1 ano prevê três doses injetáveis, aos 2, 4 e 6 meses. Já as crianças de 1 a 4 anos que estiverem com esse esquema vacinal completo deverão receber a dose oral.

A prefeitura de BH reforça a importância dos pais, mães ou responsáveis levarem o cartão de vacina. As aplicações serão feitas de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, nos 152 centros de saúde. A mobilização vai até 14 de junho.

A campanha também será realizada nas 145 Escolas Municipais de Educação Infantil (Emeis) da capital. Nesses locais só poderão receber a dose as crianças que tiverem permissão dos pais, que devem assinar um termo de autorização já distribuído pelas equipes das instituições. 

Brasil tem 'alto risco' de reintrodução da paralisia infantil

A paralisia infantil é uma doença infecciosa viral. O contágio ocorre, principalmente, por via fecal-oral. Uma das medidas mais importantes para prevenção é a vacinação de mais de 95% da população infantil.

No Brasil tem sido observada queda progressiva na cobertura vacinal da poliomielite nos últimos anos, sendo o país considerado recentemente pela Organização Panamericana de Saúde (OPAS) como de alto risco para reintrodução da doença.

“Quando a cobertura vacinal é baixa, aumentam as chances de reintrodução do vírus. Há 30 anos o Brasil recebeu a certificação de erradicação da poliomielite, mas só com a ajuda da vacina e da conscientização das pessoas podemos barrar esse retorno da doença. Por isso, o nosso apelo para que levem as crianças às unidades de saúde”, disse o secretário municipal de Saúde, Danilo Borges Matias.

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