(Reprodução/Twitter)
Michael Bisping está animado com a hospitalidade que encontrou em São Paulo. O inglês que já interagia com fãs brasileiros pelo Twitter passou a cativar alguns deles nas ruas da capital paulista. Ele tem distribuído autógrafos, posando para fotos e feito elogios à população local - apesar de não gostar da vista da janela do quarto do seu hotel, na Zona Sul, diante de prédios altos e viadutos. Apenas um brasileiro não agrada ao irreverente lutador britânico.
"Vitor Belfort disse que sou um hooligan. Foi um comentário tido como uma piada, mas vou lutar contra esse cara. Tudo o que me deixar irritado ajudará", sorriu, quinta-feira, vestindo um chamativo terno violeta - sem gravata. Bisping fará a luta principal do UFC São Paulo contra Belfort na noite de sábado, no ginásio do Ibirapuera.
"Espero uma energia muito forte para o Vitor, o que é normal, pois estou no Brasil. Mas sei que nem todo mundo aqui está apoiando o seu lutador. Andei por aí, em restaurantes e outros lugares, e vi que também tenho torcida em São Paulo", bradou Bisping, ainda mais orgulhoso depois de ouvir alguns aplausos isolados. "Muito obrigado a essas três pessoas", brincou, fazendo o agradecimento em português.
Mais sério, sempre recorrendo a um discurso filosófico, Belfort tentou não se importar com a rejeição que tem em seu próprio País. "Só me apego às energias positivas. Sou muito feliz assim, graças a Deus. Mas isso é um esporte. As pessoas têm liberdade para torcer por um ou outro atleta", comentou o brasileiro.
De qualquer forma, a maioria do público no Ibirapuera estará do lado de Belfort. "Quando você está preparado, cria a sua própria atmosfera dentro do octógono. Serão milhões de brasileiros lutando comigo. Quero me divertir, fazer o meu trabalho e proporcionar uma grande luta para o povo brasileiro", projetou.
Bisping está ansioso para entrar em contato com a torcida rival. O britânico se empolgou ao ouvir os gritos de "vai morrer" direcionados a atletas estrangeiros nas edições do UFC realizadas no Rio de Janeiro. "Quando me perguntaram se eu queria vivenciar isso no Brasil, aceitei imediatamente. Fico muito feliz por estar aqui. A torcida brasileira é barulhenta como em jogos de futebol, parecida com a inglesa", comparou. "Mas estou acostumado com isso. Sou inglês e fiz a maior parte das minhas lutas nos Estados Unidos."