ZURIQUE – Apesar do terremoto que sacudiu o futebol mundial, o suíço Joseph Blatter, presidente da Fifa desde 1998, tem tudo para ser reeleito para um quinto mandato nesta sexta-feira, em meio a um congresso que promete ser conturbado.
Na quinta-feira, sete altos dirigentes que viajaram a Zurique para participar do evento foram detidos, a pedido da justiça americana, como suspeitos de corrupção, e documentos foram apreendidos na sede da entidade. Entre os dirigentes estava o ex-presidente da CBF, José Maria Marin.
Os detidos estão em cela individual na Suíça e passam bem, segundo comunicado do governo suíço.
A União das Federações Europeias de Futebol (Uefa) pediu o adiamento da eleição, mas o pleito foi mantido.
O presidente da Uefa , Michel Platini, exigiu nesta quinta-feira a renúncia de Blatter, e voltou a apoiar publicamente o candidato de oposição, o príncipe jordaniano Ali Bin Al Hussein.
O escândalo levantou sérios questionamentos sobre a capacidade de o suíço se manter no cargo diante de tal crise de credibilidade.
Reação Russa
O presidente russo Vladimir Putin mostrou-se preocupado com a possibilidade de seu país ser despojado do direito de organizar a próxima Copa do Mundo (2018), sob suspeita de irregularidades, como o pagamento de propina para a escolha da sede. E não perdeu a chance de atacar os Estados Unidos.
“Trata-se de mais uma clara tentativa dos norte-americanos de expandir suas leis para outros países”, declarou.