A Biblioteca Nacional (BN), no centro do Rio de Janeiro, tem 180 dias para apresentar um projeto de segurança contra incêndio e pânico para o Corpo de Bombeiros fluminense. A corporação verificou irregularidades no atual sistema da unidade durante vistoria realizada no último dia 6. Na mesma data os bombeiros notificaram a biblioteca, que afirma já ter tomado medidas iniciais.
Conforme relato dos bombeiros, um projeto de regularização de aspectos irregulares deve ser entregue nos próximos 180 dias. A biblioteca diz já ter iniciado a contratação de uma empresa especializada para elaborar o documento. O texto deve apontar se realmente há irregularidades no prédio e como elas serão revistas pela entidade.
A Biblioteca Nacional afirma ter concluído a instalação de um sistema anti-incêndio em agosto deste ano assim como a troca de todos os extintores do prédio em junho. A biblioteca conta ainda com agentes de brigada de incêndio durante 24 horas no interior do edifício, fato que reforçaria a segurança do local.
No final de agosto, funcionários do local, porém, afirmaram ao estadão.com.br estarem apreensivos com a situação do prédio histórico. Na data, os trabalhadores chegaram a fazer um protesto quando foi reiterado o alerta feito em ofício de março à presidência da Biblioteca Nacional, solicitando "providências urgentes para problemas que vêm de décadas".
A Biblioteca nacional é a maior da América Latina. A instituição federal foi criada há 200 anos por D. João VI com uma parte do acervo da família real trazido de Portugal. A instituição é considerada pela Unesco uma das dez maiores bibliotecas nacionais do mundo. O edifício, tombado, guarda nove milhões de itens e recebe cópias de todos os jornais e livros publicados no Brasil (são 100 mil volumes por ano), sendo muito procurada por estudantes e pesquisadores.
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