Boas ideias para uma água de qualidade

Sobram na história exemplos de governantes que, ofuscados pela busca de marcas grandiosas, usam o dinheiro dos cidadãos para realizar obras faraônicas, em sua maioria caras e inúteis. Passamos por isto em Minas Gerais em passado recente. 

Se é nosso dever evitar o desperdício do dinheiro público, a experiência nos aconselha a julgar com honestidade e aceitar com humildade boas ideias de outros governos. E foi na ótima ideia do projeto “Cultivando Água Boa”, adotado pela Itaipu Binacional e premiado pela ONU, que o governo de Minas Gerais se inspirou para criar o Pró-Mananciais. 

Inédito no Brasil, o programa preserva e recupera nascentes e rios estaduais. Para isso, constrói cercas e bolsões para conter enxurradas; recupera matas ciliares; e apoia projetos de agroecologia, construção de fossas sépticas e instalação de cisternas, entre outros.

Adotado em 2017 para atender inicialmente 58 municípios, o programa está sendo ampliado para incluir 149 cidades neste ano. Serão pelo menos dois anos de ações, graças a uma parceria firmada com a Fundação Banco do Brasil, há poucos dias, durante o Fórum Mundial da Água, em Brasília.

Serão aplicados mais de R$ 8,5 milhões no programa, R$ 7 milhões dos quais por conta do governo de Minas Gerais. Essa é mais uma das iniciativas para alcançar um objetivo central de nosso governo: segurança hídrica em nosso Estado.

Isso se conquista também com obras de porte, como a captação de água no Rio Paraopeba, entregue no final de 2015 e que assegura o abastecimento da Região Metropolitana de BH por 20 anos. Com a captação no Rio Pacuí, para garantir a normalização do abastecimento de água em Montes Claros, que será concluída neste ano. E com a instalação de poços artesianos e cisternas por toda a região Norte e pelos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, onde o desafio de convivência com a seca persiste. Combinadas, essas soluções estão assegurando aos mineiros acesso à água, bem vital para a vida