O Banco do Japão (BoJ, o banco central do país) decidiu por unanimidade, nesta quinta-feira, manter sua taxa de juros na faixa de 0,0% a 0,1%. O BoJ também adotou medidas adicionais de relaxamento monetário. Apesar disso, o banco central não atendeu aos pedidos do recém-eleito primeiro-ministro, Shinzo Abe, e manteve a meta de inflação em 1%, e não em 2% como queria o futuro premiê.
Em um movimento amplamente esperado, o comitê de política monetária do BoJ expandiu o programa de compra de ativos - a principal ferramenta de relaxamento monetário, com as taxas de juros próximas a zero - em 10 trilhões de ienes (US$ 118,8 bilhões), subindo o montante total para 101 trilhões de ienes (US$ 1,2 trilhão).
O BoJ não alterou sua meta de inflação no curto prazo de 1%, mas disse que começou uma discussão para a estabilidade dos preços a longo prazo. Além disso, o presidente do BoJ, Masaaki Shirakawa, orientou sua equipe a examinar as questões necessárias para discutir o assunto na próxima reunião do comitê em janeiro.
Oito de dez analistas entrevistados pela Dow Jones esperavam que o BoJ elevasse seu programa de compra de ativos entre 5 trilhões de ienes (US$ 59,4 bilhões) e 10 trilhões de ienes, depois de a pesquisa Tankan trimestral divulgada na semana passada ter mostrado que a cautela das companhias havia crescido a respeito de suas condições de negócios. As informações são da Dow Jones.
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