"Bola" foi escolhido como "bode expiatório" por vingança pessoal, diz defesa

Carlos Calaes
22/04/2013 às 20:27.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:02

O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o “Bola”, teria sido envolvido e escolhido como “bode expiatório” para ser o assassino de Eliza Samudio  em uma vingança pessoal do ex-delegado Edson Moreira, que presidiu as investigações. A escolha de "Bola" seria a forma de Moreira se vingar de um episódio até agora não totalmente explicado, ocorrido quando os dois atuavam na Polícia Militar de São Paulo. Estas informações foram divulgadas na noite desta segunda-feira (22) pelo advogado Fernando Magalhães, que representa "Bola", juntamente com o advogado Ércio Quaresma. Magalhães deixou o salão do fórum rapidamente e falou com imprensa.   Ele questionou a lisura das investigações, ao listar que o réu foi colocado na cena do crime segundo rastreamento de ligações telefônicas. “No entanto, o número das ligações de Luiz Henrique Romão, o Macarrão, é bem maior e ele foi ignorado na cena do crime”, resumiu.    Magalhães deixou a entender que as autoridades policiais - o ex-delegado Edson Moreira e as delegadas Ana Maria e Alessandra Wilke, além de seu marido, o também delegado Júlio Wilke – teriam atuado em comum acordo para indiciar e culpar "Bola" pelo sumiço e assassinato de Eliza.    Magalhães também questionou a forma como o então menor Jorge Luiz Rosa foi levado diretamente à casa de Bola em Vespasiano. “Trata-se de uma vingança pessoal. Mas a verdade começou a aparecer, finalmente”, concluiu. 
  Durante o julgamento, "Bola" chorou várias vezes. Seus familiares não arredaram os pés do plenário. Em alguns momentos, eles também não seguraram a emoção e choraram. O delegado Edson Moreira foi procurado pela reportagem mas não foi localizado para falar sobre o assunto.

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