Bolsa brasileira perde US$ 317,9 milhões de janeiro a junho

A Bolsa de Valores brasileira perdeu nada menos que 30% de valor de mercado de janeiro a junho deste ano, ou US$ 317,9 milhões. A queda livre no valor das ações é explicada pela crise econômica, incerteza quanto ao futuro – com um quadro eleitoral nebuloso pela frente –, e a greve dos caminhoneiros.

Os números fazem parte de um levantamento feito pela consultoria Economática entre os dias 26 de janeiro e 21 de junho. 

Conforme o levantamento, as empresas brasileiras de capital aberto atingem seu melhor registro no ano de 2018 no dia 12 de março com R$ 3,44 trilhões.

O menor valor registrado é no dia 18 de junho com R$ 2,84 trilhões, nesse período a queda nominal é de R$ 604,1 bilhões ou 17,5%.

A partir do dia 16 de maio até o dia 22 de junho a queda de valor de mercado das empresas brasileiras é de R$ 574 bilhões ou 16,7%.
A maior queda é a do banco ItauUnibanco com US$ 36,5 bilhões. No dia 26 de janeiro a empresa registrava US$ 100,2 bilhões contra US$ 63,8 bilhões no dia 22 de junho, queda de 36,4%.
O Bradesco no mesmo período registra queda de US$ 34,3 bilhões ou 43,7%.

Das 20 empresas da lista das que mais perderam valor de mercado, 19 têm queda de valor superior a 30%, somente a Telefônica Brasil registra queda abaixo desse patamar com -26%.
A maior queda percentual de valor de mercado entre as 20 maiores quedas nominais em dólares é da BRF com -56,1%.

Na outra ponta, as empresas de papel e celulose estão no topo da tabela das com maior crescimento com a Suzano Papel, que tem a maior valorização nominal em dólares, com US$ 5,59 bilhões ou 78,3% de crescimento de 26 de janeiro de 2018 até 22 de junho de 2018.

A Suzano é seguida pela Fibria e Magazine Luiza. Tem destaque ainda as empresas de energia elétrica. Nesse setor destacam-se a Eletropaulo, US$1,18 bilhão (151,6%); Rede Energia, US$761 milhões (34,5%); e Coelba, US$34,7 milhões (2,3%).