Bolsa família terá impacto de R$ 406 milhões no orçamento da União

Jornal O Norte
05/08/2009 às 11:34.
Atualizado em 15/11/2021 às 07:06

Janaína Gonçalves


Repórter

O ministério do Desenvolvimento Social divulgou no ultimo dia 31 de julho o novo reajuste, de 9,68%, para o programa Bolsa família. Com essa nova medida, os gastos chegarão a R$ 406 milhões no orçamento 2009 para o país.

O ministério informou ainda que a expansão do programa para outras famílias, anunciada em maio, requer mais R$ 155 milhões. Então, serão necessários R$ 561 milhões no total. Com isso, o orçamento do Bolsa família passará de R$ 11,4 bilhões para R$ 11,961 bilhões.

A dona de casa Sabrina Silva Santos, 25 anos, residente da Vila Mauricéia, há quatro anos é beneficiaria pelo programa do governo, que ajuda no orçamento mensal da casa.

- Eu só tenho uma filha e recebo por mês R$ 82. Com ele compro frutas, roupas e, quando dar, ajuda também nas despesas da casa, como no pagamento de uma conta de água ou luz – diz.

(foto: JANAÍNA GONÇALVES)





Sabrina Silva Santos acredita que o benefício


é certo e garante as compras do mês
.

Os beneficiários devem ficar atentos a algumas normas, como as famílias que têm crianças até cinco anos e devem estar em dia com o cartão de vacinação; para crianças acima dessa idade, é avaliado o ingresso regular das mesmas na escola; caso isso não ocorra, a família pode perder o benefício.

- Procuro ter em dia o cartão de vacina de Larissa, minha filha de 4 anos – diz Sabrina.

Além dela, Eliane Câmara, 29 anos, também da Mauricéia, ressalta que o benefício é muito importante. Hoje com cinco filhos, as dificuldades são inúmeras: saúde, alimentação, vestuário, lazer, e o auxilio do governo, da ordem de R$ 122, ameniza os gastos.

A dona de casa explica que todo ano é preciso recadastrar-se no programa, para isso fica atenta aos prazos:

- Esse beneficio veio para nos dar mais tranquilidade, portanto, temos que ter cuidado para não perdê-lo.

O valor básico do benefício passa, a partir do dia 1º de setembro, de R$ 62, para R$ 68, e o benefício variável. O benefício vinculado aos adolescentes, que era de R$ 30, passa para R$ 33, até o limite de R$ 66, por família.

Principal programa social do governo Luiz Inácio Lula da Silva, o Bolsa família atende mais de 11 milhões de famílias em situação de pobreza e extrema pobreza, caracterizadas pela renda familiar mensal per capita entre R$ 140, e R$ 70, respectivamente.

Com o reajuste, o limite máximo do benefício passa de R$ 182, para R$ 200. O valor básico passa de R$ 72, para R$ 78. Já o variável passa de R$ 20, para R$ 22, por filho. Famílias que têm filhos adolescentes entre 16 e 17 anos podem receber R$ 33, até o limite de R$ 66, por família.

Segundo o estudo, o aumento de um ponto percentual no número de beneficiários do programa elevou em 0,55 ponto percentual a votação de Lula em 2006, enquanto que a mesma variação na taxa de crescimento econômico incrementou a votação em apenas 0,21 ponto percentual.

O efeito eleitoral do Bolsa família nos estados das regiões Norte e Nordeste foi superior ao dos demais estados. Em Alagoas, por exemplo, o programa aumentou em 8,17 pontos percentuais a votação de Lula, enquanto que no Rio de Janeiro e São Paulo o incremento foi de 1,12 e 1,89 pontos percentuais, respectivamente. Pelos números pesquisados, Alagoas foi o estado onde o efeito do Bolsa família mais contribuiu para a votação de Lula, seguido de Roraima (6,85%) e Acre (6,53%).

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