(Antonio Cruz/Agência Brasil)
O presidente eleito Jair Bolsonaro reuniu-se nesta terça-feira (13) com a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, na sede da Corte, em Brasília. Acompanhavam o presidente eleito o general Augusto Heleno, futuro ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o advogado Gustavo Bebianno, e o filho dele, Carlos Bolsonaro, que é vereador no Rio de Janeiro.
Também participou da reunião, que durou pouco mais de 30 ministros, o ministro Luís Roberto Barroso, relator da prestação de contas da campanha de Bolsonaro. Na segunda-feira (12), a área técnica do TSE encaminhou ofício no qual apontou 17 inconsistências nas contas, como, por exemplo, o não detalhamento das despesas com honorários advocatícios. Os técnicos sugeriram prazo de três dias para que as questões sejam esclarecidas.
As contas de Bolsonaro devem ser votadas em plenário pelo TSE antes da diplomação dele como presidente, marcada para 10 de dezembro, às 16h. Todos os ministros titulares da Corte participaram do encontro desta terça-feira com o presidente eleito. Além de Rosa e Barroso, estavan presentes Edson Fachin, Napoleão Nunes Maia, Jorge Mussi, Admar Gonzaga e Tarcísio Vieira. Os ministros substitutos Luis Felipe Salomão e Sergio Banhos também compareceram ao evento.
Na ocasião, a ministra Rosa Weber presenteou Bolsonaro com um exemplar da Constituição. Segundo relatos de pessoas presentes à reunião, o presidente eleito disse à ministra que, embora alguns excessos tenham sido cometidos “no calor dos acontecimentos”, dali em diante, o TSE poderia contar com a total colaboração dele.
Durante a campanha, Bolsonaro chegou a levantar a possibilidade de fraude nas urnas eletrônicas, suscitando críticas à Justiça Eleitoral. Em resposta, o plenário do TSE ordenou a retirada do ar de mais de 50 páginas que reproduziram a fala na internet. Ainda segundo o relato de pessoas presentes ao encontro desta terça, não foram discutidas questões específicas a respeito de contas ou de urna eletrônica.
Após a reunião, os ministros do TSE deixaram o gabinete da presidência e acompanharam Bolsonaro a uma visita ao plenário da Corte, onde ele será diplomado em dezembro. Antes de ir embora, o presidente eleito foi abordado por servidores da Corte na garagem para tirar fotos. Em seguida, Bolsonaro seguiu para o Tribunal Superior do Trabalho (TST).