Bombeiros que atuaram em Brumadinho chegam à África para ajuda humanitária em Moçambique

Lucas Eduardo Soares*
30/03/2019 às 18:47.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:02
 (Corpo de Bombeiros/Divulgação)

(Corpo de Bombeiros/Divulgação)

Já estão na África os 20 militares do Corpo de Bombeiros de Minas, especialistas em operações de busca, salvamento, enchentes e gestão de desastre que atuaram em Brumadinho. Neste sábado (30), a equipe pousou em Abidjan, na Costa do Marfim, para abastecimento da aeronave que segue em direção à Moçambique. Os bombeiros, que saíram de Recife (PE) por volta das 5h deste sábado (30), integrarão uma ajuda humanitária à cidade de Beira, no país africano que foi severamente destruída após a passagem do ciclone Idai. 

Além dos militares de Minas, outros 20 da Força Nacional de Segurança Pública irão participar do resgate às vítimas. Enquanto os integrantes da corporação mineira devem ficar no país 15 dias, os agentes da Força Nacional foram autorizados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública a permanecer em Moçambique por mais tempo. Portaria publicada no Diário Ofical da União permitiu a atuação inicial de 30 dias, prazo que pode ser prorrogado conforme as necessidades locais.

O trabalho desenvolvido pelos bombeiros de Minas em Brumadinho, após o rompimento da barragem do Córrego do Feijão – e que já deixou ao menos 217 pessoas mortas – será replicado no país africano. Além das ações de busca e resgate, eles vão cooperar nas nas atividades de planejamento e inteligência, com o conhecimento aplicado acerca de mapeamento estratégico, georreferenciamento, busca aérea, entre outros. Os agentes nacionais, contudo, atuarão prioritariamente em Beira. 

O ciclone Idai, que atingiu o sudeste da África, já provocou mais de 750 mortes em Moçambique, Zimbabwe e Malawi. A força dos ventos atingiu 200 quilômetros por hora, provocando a devastação de vilarejos inteiros, causando mortes e isolando pessoas. Mais de 2,5 milhões de habitantes foram diretamente afetados e as inundações decorrentes do fenômeno atingiram também Madagascar e África do Sul.

*Com Renata Evangelista e Agência Brasil

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