Bovespa quer dobrar participação de Minas Gerais no pregão

Bruno Porto - Hoje em Dia
11/02/2014 às 07:59.
Atualizado em 20/11/2021 às 15:56
 (Andre Brant)

(Andre Brant)

A Bolsa de Valores de São Paulo (BM&F Bovespa) e o Instituto Mineiro do Mercado de Capitais (IMMC) pretendem dobrar o número de empresas mineiras com presença expressiva no mercado de ações organizado. Se for bem sucedida, a iniciativa vai colocar o Estado na vice-liderança do mercado de capitais brasileiro, com cerca de 30 empresas listadas e negociadas.

Hoje, a BM&F Bovespa tem 26 companhias mineiras listadas no pregão, mas apenas 14 são efetivamente negociadas.

A atração de empresas mineiras para o mercado de capitais visa eliminar o descompasso entre a representatividade do Estado no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e sua participação na Bolsa. Enquanto Minas é o terceiro maior PIB do país, fica apenas na quinta colocação em participação na BM&F Bovespa, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná.

“Grande parte dessa representatividade aquém do potencial se deve a mudança de sedes de grandes empresas do Estado para outros lugares, como a Vale. Mas temos que aprender também a enxergar o mercado de forma mais global”, disse o presidente do IMMC, Paulo Ângelo Carvalho de Souza.

Hoje, há pelo menos 10 empresas mineiras com pedidos de capitalização a fundos de private equity, em preparação para a oferta pública inicial de ações (IPO, do inglês Initial Public Offering, no jargão do mercado). Outras 30 estão em condições de iniciar o processo de IPO.

Cenário

O presidente do IMMC minimiza o cenário atual de fuga de investidores estrangeiros da Bolsa brasileira.

“Empresa robusta, com mercado e bem organizada não terá problema. Se tem mercado, tem investidor. Em Minas, temos empresas fortes, que fatalmente abrirão capital ou serão incorporadas, porque hoje a globalização aponta para essas duas vias”, disse.

Levantamento realizado em conjunto pelo IMMC, BM&FBovespa e Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) apontou que, de 75 empresas mineiras pesquisadas, mais da metade está em plenas condições de iniciar um processo de abertura de capital.
 

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