Brasil e Europa discutem código para o café

Brasileiros e europeus travam hoje, em São Paulo, acirradas discussões sobre a sustentabilidade na produção de café, produto que movimenta, em toda a cadeia mundial, cerca de US$ 60 bilhões por ano. Estará em discussão o código comum para a comunidade cafeeira.

Denominado de 4Cs - Common Code for the coffee community, esse protocolo de boas maneiras no processo de produção do café verde foi desenvolvido pela Associação alemã do café e pela GTZ, uma Ong - organização não-governamental alemã, a pedido do ministério alemão de Cooperação Econômica e Desenvolvimento. Agora, em fase de implementação, o projeto começa a receber o apoio financeiro de outros países europeus.

Joppe Vanhorick, da Federação européia do café, vai dizer aos brasileiros presentes à reunião que os objetivos básicos do código são uma produção de café que leve em consideração os aspectos sociais, ambientais e econômicos da cafeicultura.

Dirá, ainda, que a produção de café, para ser sustentável, deverá dar condições decentes de trabalho e de vida para os agricultores, suas famílias e seus empregados. Nada de trabalho escravo. Nada de trabalho infantil.

Vanhorick vai mostrar, também, aos brasileiros, que a cultura do café não poderá invadir áreas de florestas primárias. Respeitadas essas condições sociais e ambientais, virá a viabilidade econômica, que garantirá ganhos para todos os participantes da cadeira produtiva, na visão dos europeus.