(JF Diório/ Estadão)
O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, afirmou nesta segunda-feira (1º) que o Brasil fez a lição de casa para garantir a segurança durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, mas que nenhum país pode afirmar que está 100% livre de um eventual ataque terrorista.
"O Brasil está totalmente preparado, mas nenhum país do mundo e ninguém pode afirmar 100% que não ocorrerá um crime, não
ocorrerá um ato (terrorista). Isso é uma afirmação impossível, seja no Brasil, nos Estados Unidos ou na Europa", disse o ministro.
A declaração foi dada durante a inauguração de um Centro de Cooperação Policial Internacional na sede da Interpol, em Brasília, onde atuarão 250 policiais estrangeiros de 55 países. O centro, que também terá uma unidade no Rio, vai permitir que os agentes internacionais se comuniquem em tempo real com os seus países de origem, além de consultar bancos de dados e fazer cruzamento de informações. O modelo já foi adotado no País durante a Copa do Mundo de 2014 e a Copa da Confederações de 2013.
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A possibilidade de um eventual ataque terrorista durante os Jogos está no centro das preocupações da PF e das polícias de outros países. Há cerca de dez dias, a Polícia Federal deflagrou uma operação para prender um grupo de suspeitos de simpatizar com grupos terroristas.
Segundo o ministro, o Brasil também reforçou a fiscalização nos aeroportos e está realizando uma dupla checagem das pessoas que
desembarcam no País. Além dos procedimentos já adotados regularmente pela PF, as pessoas que vierem ao País durante os Jogos Olímpicos terão que registrar as suas digitais e os dados delas serão submetidos aos bancos de informação da Interpol para verificar se há algum mandado de prisão ou alguma irregularidade cometida pelo visitante.
Moraes afirmou que na quarta-feira passada um homem que vinha da Inglaterra foi deportado porque a dupla checagem verificou que
havia um mandado judicial contra ele.
Ao longo da Olimpíada, o Brasil também vai utilizar um sistema de checagem através de mapeamento facial e adotar um levantamento prévio de 72 horas das pessoas que compraram passagens para vir ao País. Isso possibilitará que um eventual criminoso seja identificado antes mesmo de embarcar para o Brasil.
Tanto o sistema de impressão digital quanto de reconhecimento facial foi desenvolvido pelo próprio corpo técnico da Polícia Federal e somente os Estados Unidos usam um sistema tão moderno quanto o do Brasil.