A equipe econômica anunciou nesta semana uma série de medidas de combate à crise que vão afetar diretamente o caixa do governo brasileiro. A estimativa é de que o país deixe de arrecadar R$ 9 bilhões.
Com isso, o volume de recursos mobilizados no combate à crise no Brasil já ultrapassa R$ 250 bilhões. O montante foi colocado à disposição do mercado por meio de linhas de crédito, liberação do compulsório e de incentivos fiscais. Nem todo esse dinheiro, porém, foi efetivamente utilizado.
A maior parte desse valor - cerca de R$ 135 bilhões - foi colocada à disposição por meio da liberação do compulsório (dinheiro dos bancos que fica retido pelo Banco Central).
Outra medida que envolveu uma soma significativa foi a regra que possibilitou a troca de moedas entre o Banco Central brasileiro e o americano (FED), em um valor equivalente a R$ 72 bilhões.
SETOR AGRÍCOLA
As linhas de crédito liberadas pelo BNDES e pelo Banco do Brasil para empresas exportadoras e para produtores agrícolas somaram R$ 30 bilhões. Outras medidas perfazem mais R$ 15,8 bilhões. As medidas anunciadas, no entanto, têm uma característica diferente, já que os recursos são do próprio governo.
Entre as medidas anunciadas estão mudanças nas alíquotas do Imposto de Renda e descontos no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na compra de carros novos. Além disso, o Banco Central está autorizado a usar parte das reservas internacionais para financiar empresas brasileiras no exterior.
Para economistas, o pacote coloca o Brasil em uma nova fase do combate à crise e que, de fato, o governo estaria começando a enxergar o tamanho do problema.