O País perdeu 1,528 milhão de postos de trabalho em apenas um trimestre, ao mesmo tempo em que mais 1,379 milhão de pessoas migraram para o contingente de desempregados. Outros 233 mil indivíduos aderiram à população inativa no primeiro trimestre de 2018. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na manhã desta sexta-feira, 27, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No primeiro trimestre, o mercado de trabalho perdeu 408 mil vagas com carteira assinada em relação ao quarto trimestre de 2017, descendo ao menor patamar da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.
O contingente de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado encolheu em 402 mil pessoas, e outros 248 mil indivíduos deixaram o trabalho por conta própria. O setor público teve queda de 255 mil postos de trabalho em apenas um trimestre. O emprego como trabalhador doméstico diminuiu em 167 mil pessoas.
De acordo com o IBGE, o Brasil tinha 13,689 milhões de pessoas em busca de emprego no primeiro trimestre deste ano. Apesar do patamar elevado de desemprego, houve melhora em relação a igual período do ano anterior, segundo dados da Pnad Contínua agora divulgada.
Há menos 487 mil desempregados em relação a um ano antes, o equivalente a um recuo de 3,4%. O total de ocupados cresceu 1,8% no período de um ano, o equivalente à criação de 1,634 milhão de postos de trabalho. O contingente de inativos avançou 0,7%, 455 mil pessoas a mais nessa condição.
Como consequência, a taxa de desemprego passou de 13,7% no trimestre até março de 2017 para 13,1% no trimestre encerrado em março de 2018.
O nível da ocupação, que mede o porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, foi estimado em 53,6% no primeiro trimestre deste ano.
Carteira assinada
O mercado de trabalho brasileiro perdeu 493 mil vagas com carteira assinada no período de um ano. O total de postos de trabalho formais no setor privado encolheu 1,5% no primeiro trimestre de 2018 ante o quarto trimestre de 2017.
O total de vagas formais no setor privado no País caiu a 32,913 milhões de postos, o montante mais baixo de toda a série histórica iniciada em 2012.
Já o emprego sem carteira no setor privado teve aumento de 5,2% em um ano, com 533 mil empregados a mais. O total de empregadores cresceu 5,7% ante o primeiro trimestre de 2017, com 234 mil pessoas a mais.
O trabalho por conta própria cresceu 3,8% no período, com 839 mil pessoas a mais. A condição de trabalhador familiar auxiliar aumentou 1,4%, com 31 mil ocupados a mais. O setor público gerou 345 mil vagas, um avanço de 3,2% na ocupação.
Houve aumento de 145 mil indivíduos na condição do trabalhador doméstico, 2,4% de ocupados a mais nessa função, segundo o IBGE.Leia mais:
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