Brasil x Argentina reúne Neymar e Messi com atacante brasileiro em vantagem numérica

Alexandre Simões e Frederico Ribeiro
esportes@hojeemdia.com.br
09/11/2016 às 21:50.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:35

“Para ser uma lenda, tenho que ganhar um Mundial”. A frase dita por Lionel Messi, antes da Copa de 2010, na África do Sul, e depois dele ganhar apenas o primeiro dos cinco prêmios de Melhor do Mundo da Fifa que o transformaram no recordista da premiação, é um decreto não só para ele, mas também para o brasileiro Neymar. 

Sem dúvida, o maior título do futebol é um diferencial no currículo dos craques. E aparece como desejo maior dos dois camisas 10, que duelarão no clássico de hoje entre Brasil e Argentina, às 21h45, no Mineirão, pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa de 2018, na Rússia.

Companheiros de Barcelona, amigos de vestiário, pilares de um dos maiores ataques já formados no futebol. Neymar e Messi serão as grandes atrações em terras mineiras em 2016.

Mas, ao contrário do que acontece na Catalunha, Neymar deixa de lado o papel secundário e vira um protagonista ainda mais relevante para a Seleção Brasileira do que é Messi para o time argentino, pelo menos na frieza dos números.

MARCA
Neymar, aos 24 anos, pode chegar nesta quinta-feira ao 50º gol vestindo a camisa da Seleção principal. Messi, cinco anos mais velho que o amigo, ostenta a marca de maior artilheiro da seleção argentina, mas com apenas seis gols a mais que o atacante brasileiro.

A média de gols de Neymar, pelo Brasil, é de 0,67. Já o craque argentino tem média de 0,49 quando veste a albiceleste.

A rivalidade não existe entre eles. O brasileiro ofereceu o jatinho particular para conduzir não só Messi, como também o zagueiro/volante Mascherano. Logo mais, porém, cada um sustentará a mítica camisa 10 de duas equipes em momentos distintos. 

O Brasil precisa defender o primeiro lugar conquistado na rodada passada. Já a Argentina precisa retornar à zona de classificação, após ser ultrapassada pelo Chile, que foi beneficiado com a punição da Fifa à Bolívia, por escalação irregular de jogador.

E para enfrentar o Brasil, nada melhor do que ter Messi, que decidiu dois dos últimos três confrontos entre os países, com direito a hat-trick em um amistoso em 2013 e um golaço no ângulo do goleiro atleticano Victor em 2012.

No último embate entre as potências da bola, porém, Neymar se deu melhor. Pelo Superclássico das Américas (único com força máxima dos dois lados), o Brasil venceu por 2 a 0, na China, com gols de Diego Tardelli, meses depois de a Argentina amargar o vice-campeonato mundial em terras tupiniquins e Neymar desfalcar o Brasil no lendário 7 a 1.

Para Bauza, ter Messi comandando o time é sinal de vitória. Na única vez que comandou genial jogador, teve a única vitória, contra o vice-líder Uruguai, com gol solitário do 10. Neymar, por outro lado, evoluiu quando o assunto é enfrentar equipes sul-americanas. Com a chegada de Tite, enfrentou três jogos de Eliminatórias, com três vitórias e três gols marcados. O próximo capítulo da história de ambos será escrita nesta quinta, no Gigante da Pampulha.

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