Brics registram retração no setor automotivo no primeiro semestre de 2014

Marcelo Ramos - Hoje em Dia
09/08/2014 às 08:32.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:43

A produção de automóveis de passeio e comerciais leves despencou 7,3% no primeiro semestre de 2014, de acordo com a consultoria Jato Dynamics. Com isso, o Brasil perdeu a quarta posição para a Alemanha. Nos primeiros seis meses do ano, a indústria produziu 1.585.711 unidades. Foram 125 mil carros a menos que no mesmo período do ano passado. Mas o Brasil não está sozinho e, tirando a China, todos os demais membros do Brics (bloco dos países em desenvolvimento composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) anotaram queda. A indústria russa teve retração de 7,9% e a da Índia, 4,8% inferior ao primeiro semestre de 2013. A China, por sua vez, assinalou elevação de 9,2%, com um volume superior a 10 milhões de unidades.

Uma justificativa para a queda de produção se dá não apenas pelo esfriamento do setor e falta de confiança do consumidor, mas também pelo desaceleração do ritmo das montadoras, que tentam queimar seus estoques.

Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), nos meses de junho e julho o setor queimou 88 mil unidades em estoque, já que a produção do período foi de 442.652 unidades e os emplacamentos somaram 530.827 licenciamentos.

De acordo com o presidente da Anfavea, Luiz Moan, o receio do brasileiro aumentou no final do primeiro trimestre de uma maneira exagerada. “Houve uma queda muito grande e não esperada da confiança dos consumidores no primeiro semestre. A partir de março, houve um clima de pessimismo exagerado, resultando em uma quebra de confiança do nosso consumidor, aliado a uma seletividade do crédito no bancos”, analisa.

Mesmo assim, o executivo acredita que o aumento das vendas de 11,8% em julho, em relação a junho, é um sinal de que a indústria irá se recuperar.
 

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