(Handout / NATIONAL CRIME AGENCY / AFP)
Um cientista britânico considerado culpado de 137 crimes online, incluindo incitação ao estupro de uma criança de quatro anos, foi condenado nesta segunda-feira (19) a 32 anos de prisão em Birmingham (centro).
Matthew Falder, de 29 anos, que se apelidava "evilmind" (mente do mal) e "666devil" (666diabo), fingia ser uma mulher, uma artista, para se aproximar de suas vítimas e pedir a elas para enviar fotos nuas.
Ele teria feito mais de 50 vítimas, de crianças muito jovens a pessoas na casa dos 30 anos. Postava e comentava imagens degradantes das vítimas em sites, de acordo com a Agência Nacional di Crime (NCA). Também filmou pessoas que conhecia durante o banho, depois de instalar câmeras escondidas em vários locais.
O juiz Philip Parker descreveu "uma história de depravação sem limites", cujos efeitos sobre as vítimas foram "devastadores".
"Falder é um indivíduo extremamente manipulador que claramente tem prazer em humilhar suas muitas vítimas (...) Ele deliberadamente atacava vítimas jovens e vulneráveis, pelo menos três das quais tentaram se suicidar", disse o promotor em um comunicado.
O geofísico, formado pela prestigiada Universidade de Cambridge, e pós-doutorando na Universidade de Birmingham, foi preso em seu local de trabalho em junho de 2017 e reconheceu os fatos.
"Em trinta anos de carreira, nunca vi crimes tão horríveis, cujo único propósito é causar sofrimento e angústia", comentou um dos investigadores, Matt Sutton, citado pela NCA.
"Foi uma investigação extremamente complexa sobre um prolífico predador on-line que durante vários anos acreditou que poderia escapar da lei e explorar sexual e sadisticamente as vítimas vulneráveis", disse ele.