Bugatti - Puro-sangue no mausoléu de Ettore

Marcelo Ramos - Hoje em Dia
22/06/2015 às 07:18.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:35
 (Torino Design)

(Torino Design)

Desenvolver supercarros com componentes caríssimos e tiragem mínima não é algo raro de se ver na Europa. Tanto é rotineiro que as empresas ATS e Torino Design resolveram tirar a poeira da antiga fábrica da Bugatti em Campogalliano, nos arredores de Módena, a pouco mais de 30 quilômetros de Maranello (sede da Ferrari) e apenas 27 de Sant’Agata Bolognese (QG da Lamborghini, para construir o Wild Twelve.

Trata-se de um superesportivo com design futurista e um excepcional conjunto mecânico dotado de V12 biturbo 3.8 litros combinado a dois motores elétricos, que juntos geram 860 cv e 93 mkgf de torque. Todo esse vigor credencia ao supercarro acelerar de 0 a 100 km/h em 2,6 segundos e velocidade máxima de 390 km/h.

Para gerenciar o envio de torque e potência às rodas, o Wild Twelve utiliza transmissão automática de nove marchas e tração integral. No entanto, os motores elétricos são montados junto às rodas traseiras.

Sua arquitetura segue os moldes dos supercarros europeus com seção frontal curta e motor central montado sobre o eixo traseiro, assim como os vizinhos Lamborghini Aventador e Ferrari LaFerrari.

Mito

Mas o Wild Twelve não será o primeiro automóvel extravagante e de desempenho superlativo a sair do galpão de Campogalliano. Na antiga unidade da Bugatti foi produzido o EB110, superesportivo fabricado entre 1991 e 1995, com apenas 139 unidades vendidas (menos que o Veyron).

Assim como o Wild Twelve, o EB110 era equipado com um V12. No caso, uma unidade 3.5 litros auxiliada por quatro turbinas que geravam 561 cv e permitiam ao “diabo azul” atingir a máxima de 355 km/h e humilhar, numa tacada só, Ferrari F40 e Lamborghini Diablo. Mais que isso, naquela época, apenas o McLaren F1, voando a 381 km/h.

Quem ficou interessado, deve correr para tentar garantir uma das 30 unidades. O preço não foi divulgado. Será por quê?

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