(Corpo de Bombeiros/Divulgação)
O Corpo de Bombeiros começou a usar aparelhos de geolocalização nas buscas por vítimas em Brumadinho, na Grande BH, que completaram 14 dias nesta quinta-feira (7). O equipamento tem como objetivo dar mais segurança aos socorristas, permitindo a localização em tempo real de cada bombeiro, que pode solicitar apoio e socorro.
De acordo com o tenente-coronel Anderson Passos, a tecnologia marca, por exemplo, quantos passos foram dados por cada bombeiro e por onde eles passaram durante o trabalho na zona quente do desastre.
“Isso permite que a gente dê mais segurança aos socorristas que estão em um local de trabalho inseguro, com riscos de atolamento e desmoronamento. Dá mais tranquilidade, agilidade e qualidade ao serviço”, explica o chefe das operações em Brumadinho.
O tenente-coronel disse também que o equipamento envia, em tempo real mensagens padronizadas como “preciso de ajuda”, “preciso que entre em contato comigo”, “estou com algum problema”, “SOS”.
“Ele é blindado e pode até cair na água. A vantagem é justamente trazê-lo junto ao corpo do socorrista e se acontecer alguma coisa com um colega, a gente tem a referência da posição onde ele está”, enfatiza Passos.
No momento, mais de 400 bombeiros trabalham no local com auxílio de 15 helicópteros, máquinas como escavadeiras e retroescavadeiras, drones e botes.
A tragédia
O rompimento da barragem da Vale aconteceu em 25 de janeiro e atingiu a parte administrativa da empresa, além do refeitório, uma pousada e a comunidade Vila Ferteco.
Segundo o Corpo de Bombeiros, a estimativa é de que havia cerca de 350 pessoas na área atingida. Até o momento, 157 mortes foram confirmadas e outras 182 pessoas continuam desaparecidas, segundo a Defesa Civil de Minas Gerais.
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