Dois cachorros morreram intoxicados em Belo Horizonte depois de comerem petiscos supostamente contaminados com etilenoglicol, mesma substância que foi encontrada na cerveja da Backer em 2020, e que vitimou 10 pessoas, além de deixar várias outras com sequelas.
Três cães em estado grave precisaram ser internados após diagnóstico de injúria renal aguda, mas já receberam alta e seguem em tratamento domiciliar. O último cão teve alta em 17 de agosto.
De acordo com a advogada Silvia Valamiel, que representa as tutoras dos animais afetados, os petiscos foram consumidos em 2 de agosto. Cerca de uma semana depois, dois cães morreram.
A advogada contou que, assim que os animais começaram a passar mal, foram levados a uma clínica veterinária. Durante o atendimento, diante dos sintomas apresentados, a médica suspeitou de intoxicação por substância da família do etilenoglicol.
Os corpos dos animais foram encaminhados para necropsia no Hospital Veterinário da UFMG, na capital, e o laudo teria constatado resíduos de intoxicação por propilenoglicol.
Por meio de nota, a Polícia Civil (PC) esclareceu que tem realizado levantamentos e aguarda a conclusão de laudos periciais para identificar a causa da morte dos animais, com a possível substância, bem como oitivas que irão subsidiar a investigação.
Silvia Valamiel informou que as tutoras aguardam a conclusão da investigação da PC, mas que o produto ainda não foi retirado do mercado.
A Polícia alertou que, caso surjam novos casos, tutores devem procurar a Delegacia Especializada em Defesa do Consumidor na rua Martim de Carvalho, 94, andar térreo, no Santo Agostinho, região Centro-Sul de BH.
O Hoje em Dia entrou em contato com a fabricante do petisco e aguarda retorno.
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