Caldo de feijão mais ‘salgado’ para o mineiro

Paulo Henrique Lobato
21/06/2019 às 20:33.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:13
 (Divulgação/Site Edu Guedes)

(Divulgação/Site Edu Guedes)

O inverno no Brasil começou, oficialmente, às 12h54 da última sexta-feira. Para quem aprecia a tradicional culinária mineira nesta época do ano, a estação é sinônimo de caldos. Mas os preços dos principais ingredientes dos dois sabores mais consumidos no Estado entram na estação mais fria do ano em ritmos opostos: enquanto o quilo do feijão registrou alta de 26,4% no acumulado dos últimos 12 meses, o de mandioca despencou 20% na mesma base de comparação.

Os números foram levantados pela Seção de Informações de Mercado da Ceasa Minas, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. 

No maior entreposto do Estado, o valor médio do quilo da mandioca fechou o período de 1º a 12 de junho em R$ 0,81. É o menor preço dos últimos quatro anos, pois o produto foi negociado a R$ 1,01 em 2018, a R$ 0,96 em 2017 e a R$ 0,84 em 2016.

A Ceasa informou que “o estímulo à produção, em decorrência de preços mais altos em safras anteriores, é um dos motivos da atual ser mais favorável ao consumidor”.

Por motivo oposto, o preço do feijão disparou este ano. 

Ao longo de 2018, os fazendeiros reduziram a área de plantio, o que diminuiu a oferta. A quantidade do produto no mercado ficou ainda menor em razão de uma estiagem que castigou lavouras no fim do exercício passado.

Desta forma, na Ceasa, o valor médio do quilo do grão avançou de R$ 3,37, entre 1º e 20 de junho do ano passado, para R$ 4,26 entre a mesma base de comparação de 2019.

A situação pode ser inversa em 2020, pois preços menores, como o da mandioca, desestimulam plantios, o que reduz a oferta. Já valores em tendência de aumento, como o do feijão, atraem mais produtores, o que pode causar grande oferta no mercado e, consequentemente, queda no preço.

Mingau
Para quem prefere um mingau nesta época do ano, há boa notícia: o quilo do milho, também usado no preparo da pamonha, recuou de R$ 1,50 para R$ 1,22 na Ceasa Minas.

Os valores são a média dos preços praticados entre 1º e 20 de junho de 2018 e igual intervalo de 2019.

O recuo se deve ao período chuvoso deste ano, que favoreceu uma colheita acima da estimada pelos produtores. 

O preço do milho, entretanto, sofreu um aumento em relação a maio passado, quando foi negociado a R$ 0,86. Em igual período de 2018, estava R$ 0,98.

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