Mais recente episódio da série paralela da Activision, se passa no início dos anos 1990, com direito a missão inicial se passando no Kwait
Call of Duty: Black Ops 6 (Reprodução)
A Guerra Fria foi um episódio peculiar na história da humanidade: duas potências se encarando e capazes de acabar com a humanidade, mostrando seu potencial com pequenas guerras mundo afora.
A tensão esfriou em 1989, com a queda do Muro de Berlim e a dissolução da União Soviética. Depois disso, russos e norte-americanos travaram suas guerras na Somalia, Kososo, Iraque, Afeganistão, Criméia e Ucrânia.
A indústria de jogos e cinema passou a beber nessa fonte com voracidade. Call of Duty é uma dessas franquias que contou a história recente (sob a ótica norte-americana, claro), principalmente com a série Black Ops. Mas com as atuais tensões entre russos e norte-americanos, os produtores preferiram evitar provocações e colocaram a polícia do mundo no encalço de bandidos imaginários.
Essa é o cerne de Call of Duty: Black Ops 6. O mais recente episódio da série paralela da Activision, se passa no início dos anos 1990, com direito a missão inicial se passando no Kwait e até uma cena com famoso F-117 Night Hawk.
O bombardeio ficou famoso por suas formas exóticas e capacidade de se camuflar dos radares. Depois disso, é pura ficção.
Personagens como Russell Adler e Frank Woods estão de volta, e novos “operadores” entram na jogada como Case e Dumas. A história tem como base a criação de um grupo paramilitar financiado por vários países.
Uma espécie de Estado Islâmico em viés teocrático. Assim, os agentes da CIA precisam investigar, sem conhecimento da agência, quais são as lideranças da organização.
O gameplay segue o mesmo padrão dos demais jogos da série. Quem jogou Cold War ou Modern Warfare III certamente já estará condicionado com os comandos.
As missões não são longas, mas recheadas de tensão. O game mescla episódios de furtividade, assim como situações de combate extremo.
Um elemento interessante é que em Black Ops 6 o jogador precisa angariar recursos para sua operação clandestina. Além de cumprir com os objetivos das missões, o jogador também deve procurar por dinheiro.
Basicamente o game substituiu aquelas informações sigilosas que não traziam benefícios práticos por uma busca por grana. Esse dinheiro é utilizado para equipar o QG do grupo. Assim é possível adquirir melhorias para armas, explosivos, assim como nas habilidades do jogador.
Black Ops 6 é um game bonito. Testamos o título no PS5 Slim. A qualidade gráfica e sonora impressiona. Numa TV com função de som espacial a experiência fica ainda mais intensa. Já num televisor comum, de apenas dois canais (direito e esquerdo) algumas frequências se perdem. Mas nada que comprometa a experiência.
No entanto, a campanha é apenas um aperitivo de Black Ops 6. O foco do jogo é seu modo multiplayer, com novos operadores (personagens), novas armas e cenários extraídos da campanha. O game ainda oferece o tradicional modo Zumbi, em que é preciso liquidar hordas de criaturas grotescas.
Com versões para PC, PS5 e Xbox Series X/S, Call of Duty: Black Ops 6 tem preços que variam de R$ 380 a R$ 480. Se serve de consolo, o modo Warzone continua gratuito.