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Terça-Feira,19 de Novembro

Calor e fumaça fazem de MOC um caldeirão

Combinação mais que suficiente para afetar a saúde da população

Da Redação
21/09/2019 às 07:48.
Atualizado em 05/09/2021 às 21:52
 (EVENTOSMOC/DIVULGAÇÃO)

(EVENTOSMOC/DIVULGAÇÃO)

Em apenas uma semana, mais que triplicaram os focos de incêndio em Minas. De 213, a quantidade subiu para 651, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Esse cenário, combinado à umidade do ar com os níveis mais baixos do ano e nuvens de fumaça cobrindo o céu de Montes Claros impacta a saúde da população, aumentando os casos de crises respiratórias e desidratação.

No Hospital Municipal Alpheu de Quadros, apesar de a direção não ter constatado aumento no volume de pacientes, a sala de espera estava cheia nos últimos dias. A diretora da unidade de saúde, Socorro Carvalho, diz que “visivelmente não teve aumento que possa evidenciar algo para chamar a atenção. Manteve o que a gente vinha atendendo”, afirma.

Crianças e idosos, no entanto, são os mais afetados pelo tempo seco – umidade do ar em torno de 15% – e pela fumaça que veio das chamas que devastaram 82 hectares da Serra do Mel desde domingo.
 
COMBATE
Foram cinco dias de atuação intensa do Corpo de Bombeiros e brigadistas voluntários para apagar o fogo que tomou conta de vários pontos da cidade, principalmente nas serras do Mel e Sapucaia, com risco de chegar ao Parque Estadual Lapa Grande – maior preocupação, diante da riqueza ambiental dessa área e por ser responsável por 35% do abastecimento de água em Montes Claros.

Somente nesta sexta-feira, após realização de sobrevoo nas regiões leste e sudoeste da cidade, foi possível visualizar toda a região da serras, não sendo visualizados focos em nenhuma dessas áreas. Equipes de monitoramento, então, foram recolhidas.
Com Raul Mariano e Gian Marlon

Alerta em casaO Corpo de Bombeiros de Montes Claros alerta a população para um cuidado essencial nesse período de incêndios. Ao sair de casa, retire todos os eletrodomésticos das tomadas, deixando apenas o que for extremamente necessário. Com o calor intenso, é gerado sobrecarga nos padrões de energia elétrica, o que acarreta riscos de incêndios.

PALAVRADO ESPECIALISTA Nesse cenário, os cuidados com a saúde devem ser reforçados. 

“O ideal é beber de 3 a 4 litros de água por dia. Além disso, é aconselhável evitar roupas pesadas e escuras. Diante de sinais de doenças respiratórias, a pessoa deve procurar o centro de saúde mais próximo de casa”, destaca o médico Alex Sander Sena.

“Evite atividades físicas de 9h às 16h e tente umidificar o ambiente para evitar o ressecamento das vias aéreas”, alerta o pneumologista pediátrico Vinícius Ganem.

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