Ocupando cadeiras provisórias em meio a um plenário em reforma, os vereadores de BH iniciaram, ontem, a nova legislatura na Câmara Municipal, cercados por velhos problemas, como as rixas internas e o afastamento de Wellington Magalhães (PTN).
O presidente da Casa, Henrique Braga (PSDB), afirmou que poderá chamar o suplente de Magalhães, Dimas da Ambulância (PTN), no caso da prorrogação do afastamento dele, já solicitada pelo Ministério Público para investigação de denúncias de irregularidades na gestão da Câmara. O prazo para mantê-lo longe do posto termina na segunda-feira. “Se houver prorrogação do mandato de Wellington, terei que seguir o regimento da Casa para não haver prejuízo aos trabalhos”, disse.
Com relação à nomeação do afastado para a Comissão de Legislação e Justiça, Braga destacou que todas as nomeações foram feitas seguindo as demandas apresentadas pelos líderes das bancadas à mesa diretora. “As nomeações não têm nada a ver com o afastamento de Wellington”.
Discussão
Na primeira sessão, trocas de farpas. “O novo prefeito falou que iria fazer um monte de cortes, com a redução de 2.800 vagas, mas cortou vagas de pais de família”, alfinetou Jorge Santos (PRB), que foi prontamente rebatido por Leo Burguês (PSL).
"Até agora o senhor Alexandre Kalil (PHS) tem sido um prefeito 100%. Está fazendo o que havia prometido na campanha, diminuiu os cargos necessários. Bater no prefeito por bater não vale”, defendeu Burguês.
O presidente Henrique Braga, no entanto, prega uma legislatura tranquila. “Hoje conversei com 37 dos 40 vereadores. E a conversa que tive com eles é a de que esta legislatura será mais produtiva que a passada”.
Nos bastidores, no entanto, as divisões persistem. Um grupo de 15 parlamentares que formaram a base de apoio a Dr. Nilton (Pros), derrotado na disputa pela presidência, se reuniu na noite de ontem para discutir a posição deles na Casa.
Transparência?
Sobre a obra em andamento na Câmara, a previsão é a de que o novo mobiliário seja instalado em cerca de 60 dias. Faltam ainda guarda-corpo, elevador de acessibilidade e painel de votação, dentre outros itens.
Além do revestimento de mármore no plenário, os vereadores ganharam nova sala para lanches.
Adalclever Lopes segue na presidência da Assembleia
A Assembleia de Minas iniciou o ano legislativo com a posse da mesa diretora, que segue com Adalclever Lopes (PMDB), reeleito em dezembro, na presidência.
Presente na Assembleia, o secretário estadual de Planejamento, Helvécio Magalhães, disse que, apesar do esforço feito pela Casa na aprovação da reforma administrativa, no ano passado, ainda há demandas do governo para modernização da máquina pública a serem implementadas.
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“Temos uma iniciativa importante, com um conjunto de projetos de lei que versa sobre a criação de fundos estaduais, que vão dar nova organicidade às finanças públicas. Dentre eles, o fundo pagador de parcerias público-privadas e o fundo de desenvolvimento, retomando o papel do BDMG como impulsionador da economia em Minas”, destacou.
Ele ainda afirmou que, nos próximos 15 dias, será enviada à Assembleia a proposta de uma nova Lei de Incentivo à Cultura, que buscará interiorizar a política. “Nós já temos uma lei Estadual, vamos modernizá-la. Ela é muito concentradora em BH e o secretário Ângelo Oswaldo tem trabalhado no novo projeto”, afirmou.
Sobre a relação da Casa com o governo, o deputado Durval Ângelo (PT) pontuou que esse foi o início de ano com o menor número de vetos (quatro) do governador com Assembleia, o que, ao seu ver, sinaliza a boa sintonia entre os poderes.
Com a ida de Wander Borges (PSB) para o cargo de prefeito em Sabará, Coronel Piccinini (PSB), que foi vereador em Belo Horizonte, assumiu uma cadeira.