A Câmara de Vereadores de Santa Maria (RS) divulgou nota em que lamenta o incidente, ocorrido na manhã desta sexta-feira (31), em que uma funcionária da Casa discutiu com parentes das vítimas do incêndio da Boate Kiss. Com cartazes e faixas, eles se preparavam para acompanhar a sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as causas e os responsáveis pela tragédia. A CPI marcou reunião para ouvir o ex-secretário de Mobilidade Urbana na época da concessão do alvará, Sergio Medeiros, e os fiscais do município Ricardo Garcia, Antonio Valdemar Silva e Elsa Prola. De acordo com a Câmara de Vereadores, o episódio foi uma “ação isolada” e não representa o posicionamento da instituição. Segundo é informado na nota, a administração da Casa fará a análise das imagens do circuito interno de segurança para tomar as providências. “A Câmara de Vereadores se solidariza com a dor dos pais e familiares das vítimas e reitera se tratar de episódio isolado, devendo ser analisado e discutido administrativamente”, segundo trecho da nota. Ontem (30), parentes das vítimas da tragédia realizaram um ato pelas ruas da cidade em protesto contra a decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul que, por unanimidade, concedeu liberdade provisória aos envolvidos no incêndio. A defesa do músico Marcelo dos Santos, da banda Gurizada Fandangueira, entrou com um pedido de habeas corpus, concedido pela Justiça e estendido aos sócios da casa noturna que estavam presos, Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann, e ao produtor da banda, Luciano Bonilha. O incêndio na Boate Kiss aconteceu na madrugada de 27 de janeiro, causando a morte de 242 pessoas. De acordo com as conclusões policiais, o fogo começou porque, durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, um dos integrantes acendeu um artefato pirotécnico.